A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 3 de junho de 2008

"desobediência é consciência" franz kafka


"Caros senhores e caras senhoras,

nós que enrijecemos os mamilos com os vértices da filosofia, quando deixarmos de nos abandonar seremos enfim poema de estrelas e trituradores de utopias. Se nos tornarmos perigosos o suficiente, e o sangue for inevitável, que cheire melhor que os cravos mortos da revolução.

Sabemos como os nossos umbigos nos comovem até às lágrimas, seria pueril negar o carácter subversivo do amor. Mas perdemos tanto tempo a ruminar granadas até que o troar do estômago silencie o do coração. Porque, vejam... noutros casos é o contrário. Noutros casos, o pensamento tem a fronteira geográfica da fome. E são tambem as palavras do actor que estão subnutridas de crime.

A terminologia pode parecer meio drástica, mas quem sabe o mofo do vocabulário não ajude a despertar o nosso olfacto? Cheira a podridão! (- Exercício número 1 de subsistência:abram as narinas e a boca até os próprios ossos se dilatarem, e evitem o vómito enterrando uma pedra na nascente da laringe.) Sim, essa podridão a que o sistema nos habituou a não estranhar; Vulgarizamos o odor podre dos frigoríficos vazios, o odor podre das cabeças vazias, o odor podre das veias, vazias pelo genocídio, pela miséria, pela exploração; até que toda esta parafernália de aromas se torne não só suportável, como natural.

A mitologia moderna está minada de polícias, padres, políticos, militares, serial killers; adaptações cavernosamente reais de deuses obsoletos, e aparentemente, necessitamos tanto deles como de croissants para a boca.
Estranhos sujos de lágrimas assistem, com as mãos dentro dos sexos, à explosão dos sorrisos hirtos no TeleVendas.
Foram-lhes ainda receitadas quantidades fragosas de xanax, prozac, e colgate branqueador.

Para quem duvidar, basta prestar atenção ao modo malemolente como desfilamos os nossos sentimentos grandes e nobres de indignação; de profunda, de sincera indignação, por tudo em particular. Esse glamour com que conseguimos digerir os antagonismos mundiais de classe, tudo conforme um circo de horrores, lúdico para a leal minoria, sórdido para uma natimorta maioria. Na guerra permanente da concorrência e do individualismo tornamo-nos todos meretrizes um pouco perversas, mas inocentemente frígidas.

E é nesta sociedade que se decompõe entre o descaramento da ingenuidade e a promiscuidade da tirania, que seremos kamiquases; quase mártires sem pátria, quase assassinos com escrúpulos. Vamos estancar as cascatas do Niagara e interromper o ciclo de baba de cada cão de Pavlov, que desperta desértico às sete em ponto da madrugada. Arrancar, um a um, os dentes de ouro ofuscante ao capitalismo com a mesma fé ininterrupta de Indiana Jones ante a ponte invisível."

3 comentários:

Klatuu o embuçado disse...

Duas questões prévias:

1.Uma vez que Kafka não é o autor deste texto, porque vem o mesmo entre aspas?

2.Pode indicar-nos em que obra Kafka afirmou que «desobediência é consciência»»?

Anónimo disse...

o texto é do www.kamiquases.blogspot.com, não custava muito a chegar lá, basta um pouco de atenção....

já li tudo de kafka e acho (sim não tenho a certeza e acho que ninguém morre se não a tivermos, mas tenho quase a certeza, o que já devia chegar porque não estamos em solo sagrado e direitos d'autor afins) que aparece num livro muito pequeno dele somente com aforismos, se tivesse um exemplar dizia-te o titulo, mas não tenho .. .



malatesta

Klatuu o embuçado disse...

Ou seja, este texto é um anúncio. Penso, nesse caso, que bastaria o link.

Quanto ao Kafka - não há Kafka. Mas é um nome que vende bem; para não falar daquela frase gira que até parece culta: «é kafkiano».