A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 18 de junho de 2008

DA ALARVIDADE FESTIVA



As Universidades são depositárias da excelência cultural dos povos e das conquistas do espírito humano; o que nelas se guarda é o mais precioso dos legados, solenemente transmitido de geração a geração.
São aquelas da responsabilidade da sociedade civil e não apenas de quem as financia, de quem ensina e de quem aprende.

De há muitos anos a esta parte é público os exageros das praxes e, nalguns casos, até a ridícula reinvenção de tradições académicas que nunca existiram. O histerismo festivo de ostentação é tal, que os meninos e as meninas no final do Primeiro Ciclo (4º classe) já compram capas e chapéus, e sei lá mais que parafernália, para não se sentirem anormais e alegria dos vendilhões e sangria económica das famílias – saem analfabetos com quatro anos de joguinhos mas tiveram uma festa!

Os exageros das praxes chegaram já ao homicídio involuntário e à violação. O usual é a repetida humilhação, moral e sexual, a coerção ao silêncio e a ofensa às mais elementares regras de respeito e civilidade. As proporções alarves do fenómeno atingiram dimensão tão monstruosa que entrar para a Faculdade se transformou para muito adolescente num terror antecipado, numa angústia funda e em traumas subsequentes.

As grandes vítimas destes rituais de turbamulta mentecapta, idiota e sexualmente frustrada são maioritariamente raparigas. Os grandes e iluminados mentores destas periódicas orgias culturais de javardos na lama – são uns cavalheiros do sexo masculino, usualmente cretinos, que permanecem nas Faculdades o dobro do tempo necessário para terminar um Curso (ou mais!), péssimos alunos, o costumeiro monte de merda que transforma as Academias na sua coutada de caça de aranhuço.

O que a minha maneira de ser e estar me diz é: a proibição imediata das praxes académicas, mas sou mais sensato do que emocional. As praxes deveriam ser legisladas, pelo Estado, num constructo geral, e depois pelas Universidades, num constructo específico, segundo as tradições próprias.

Deveriam, no meu entender, ser purificadas de toda a prática humilhante e de zombaria rasteira de barraca. Um simples jantar de recepção do calouro bastaria; a oferenda de um símbolo da Faculdade a que passam a pertencer; uma visita guiada; a responsabilização pela integração dos recém-vindos e a transmissão de um orgulho imemorial.

Para os aranhuços, construam em anexo um bordel… para cães e com grades.


Lord of Erewhon

16 comentários:

bia monte disse...

Os trotes universitários geram maus tratos aos calouros e deveriam ser extintos. Os veteranos, que fazem brincadeiras violentas, são criminosos impunes e não reconhecem que muitos dos novos alunos já passaram por diversos sacrifícios para conseguir a vaga na faculdade.
Esse tipo de comemoração está superado e é antiproducente depões contra a cidadania, escolas, universiades, faculdades e contra a nação.

Beijos Lord.

PS: É a Lúcia usando o nick de Bia Monte.
Não espere que eu me torne aqui algo que nunca foi: escritora. LOLLL!
Quanto a tomar conta da Bia, tranqüilo, eu faço isso desde que ela veio ao mundo. Hoje em dia o trabalho que ela dá é mínimo, ou, como bem disse o Klattu “é doce como torrão”!

Ana Beatriz Frusca disse...

Trotes são atitudes de primatas que, universitários ou não, não deixam de ser vândalos.
Bjuxx, maninho.

PS:JAJAJAJAJAJAJA! não acostuma com essa PAPARICAÇÃO não.

Klatuu o embuçado disse...

Lúcia, de facto, espero excelentes contributos de tua parte e de terras de Vera Cruz.

Beijinho
e outro para ti torrãozinho do Demo... :)=

Klatuu o embuçado disse...

As faces da vergonha!!

Klatuu o embuçado disse...

P. S. Admiro a inteligência das opções de léxico do Português daí... «Trotes» - ora, nem mais!!

Klatuu o embuçado disse...

Perguntas e respostas...

Unknown disse...

Inicialmente o trote universitário era conhecido como trote da paz, objetivava transformar o trote em ato de cidadania e fazer com que essa tradição fosse vista como um ritual de passagem, entretanto, passou a ser definitivamente uma zombaria a que os veteranos sujeitam os calouros às maiores atrocidades e humilhações.
. E em países de primeiro mundo como Itália, França Suíça, Inglaterra . . . e (principalmente) Estados Unidos. Nos EUA, há trotes que chegam á beira do irracional, muitas vezes agressões críticas de calouros que não cederem o que os "trotistas" desejam.
Trote é o maior retrocesso dentro de uma universidade. Não sei como um reitor que possa se dizer reitor autorize e seja condizente com tamanha barbárie. Andar de ônibus sujo, ser alvo de piadinhas das pessoas por estar todo pintado e fedorento...isso é forma de comemorar um ingresso em uma universidade?? Isso não é comemoração nem aqui e nem na China...coisas melhores podem ser feitas para recepcionar um calouro, e não tais palhaçadas!!!!!
Há alguns anos, um rapaz que ingressou na Faculdade foi jogado numa piscina. NInguém sabia que ele era epiléptico. Quando queria sair, tentando dizer que estava passando mal, davam-lhe "caldo", isto é, o obrigavam a voltar para baixo da água. Afogou-se e foi salvo por um milagre - o pai de um dos estudantes estava passando por lá e viu o corpo inerte do rapaz. Pulou na água e o puxou para fora, onde ele terminou de ter o seu ataque de epilepsia. Desde então sua condição piorou. Brincadeiras assim tiveram resultados muito piores.

Uma moça foi enrolada em gaze - devia ter ingressado na Medicina, pelo aparato. Tampouco alguém sabia que ela tinha sido operada e ainda estava em fase de cicatrização. A brincadeira custou-lhe nova operação.

Exemplos extremos? Longe disto. Não é preciso ser epilético nem convalescente para sofrer seqüelas para o resto da vida.

Eu sou fisioterapeuta, e infelizmente já atendi há muitos casos decorrentes dessa prática.
Beijos, Klatuu

andorinha disse...

Um texto que subscrevo integralmente. As ditas praxes, da forma que se vão realizando, são uma vergonha. Há casos que caem no âmbito da criminalidade pura.

Beijinhos

José_Leitão disse...

Bom, não estou aqui realmente a discordar com ninguém, efectivamente há coisas por aí nessas Universidades em que se devia por uma mão bem pesada em cima… lembro-me do caso da UTAD em que inclusive a praxe foi banida pelas autoridades e com muita razão. No entanto também me parece que estão a generalizar de mais.
A minha experiencia académica é sem duvida limitada à única Universidade em estudei e estudo, a Universidade de Aveiro, e logo aqui ponho-me numa posição de “não sabedor” em relação ao que se passa em todas as outras Universidades.
Digo que generalizam porque, efectivamente tudo o que descrevem é verdade, mas não é geral. A praxe cumpre mais do que simplesmente humilhar os caloiros. Na verdade, para muitos, a Praxe acaba por ser o ultimo ritual de iniciação existente na nossa sociedade (visto o serviço militar já não ser obrigatório). Um ponto singular em que o que era antes deixa de o ser depois. Esta ideia de transição impõe então uma serie de rituais em que a ideia seria a de “decompor” e caloiro e o reconstruir como Académico, tal e qual o que acontece em qualquer loja de qualquer sociedade mística\magica por esse mundo fora. No enatnto isto não desculpa a merda que acontece!
A solução não me parece que seja a simples proibição da praxe, até que medidas extremas raramente têm sucesso. A solução estará em repensar a Praxe, legisla-la e voltar a ritualiza-la.
Falando da UA, a nossa praxe creio que é das mais regulamentadas do país, mas isso podem ver por vocês mesmos:
http://faina.no.sapo.pt/faina.html

E falando por mim, não creio que seja um frustrado sexual (embora possa estar enganado), sempre me dei muito bem com o sexo oposto, acabei o meu curso nos anos devidos, estou a tirar Mestrado, fui praxado, praxei (maioritariamente homens porque Física creio que atrai pouco as meninas) e fui inclusive mestre de curso.
Praxe sim, mas com tino e juízo.

Mas claro… isto é apenas a minha opinião.

Ruela disse...

SUBSCREVO!!!

Praxar é ser "azeiteiro".

Ruela disse...

Praxaram-me uma só vez e levaram uma lição que não esqueceram,
quatro azeiteiros levantaram-me com as pernas abertas e correram em direcção a uma árvore,
foderam-me os colhões, mas ainda consegui mandar uma boa lula amarela nos dentes de um...perdeu logo o riso...os restantes fugiram.

Ruela disse...

Poderia ter escrito-
magoaram-me os testículos mas ainda consegui mandar um potente escarro nos dentes de um...
mas assim não estava a ser fiel ao meu sentimento de revolta.

Foi só desta vez ;)



Abraço.

Lord of Erewhon disse...

JAJAJAJAJAJA!!! Boa, pá!!
(Entre os nossos, não há gajos com testículos, só dos outros!)

Abraço!
P. S. Estamos à espera... ;)

malatesta disse...

pareces uma pita histérica afogada em léxico, incrivel e nominável . ..

M.A.T.A.- T.E.

Klatuu o embuçado disse...

Olha, uma vez que estamos já no domínio da ofensa gratuita, de quem nunca deu aqui nada e só aqui está para dar má fama a este projecto, que nada tem a ver com este ideário ou alguma vez terá, que não faz a mínima ideia do que foi a Renascença Portuguesa e do espírito que une o Grupo da Filosofia Portuguesa... deixo-te um último conselho: pira-te - ao menos vais pelo teu pé.

Fata Morgana disse...

Não gosto nada das praxes académicas.
Não percebo a insistência em manter estes acontecimentos - pseudo baptismos/iniciações/ou o que acham que é.
Pode ter feito imenso sentido, noutros tempos, de outros usos e costumes. Hoje não passam de carnavais que deixam demasiado lixo nas ruas.
Nada que se compare, por exemplo, com o assinalar do Samahin. Pois, há coisas que se tornam tradição e outras que deixam de fazer sentido; e a teimosia só tem mostrado os seus maus resultados.