(extracto de uma conversa tida em Inglês. A tradução é minha).
"É uma pena que os Portugueses não valorizem as coisas extraordinárias que têm neste país. Vivem em lamúrias, num queixume constante, que nos magoa a nós, estrangeiros que temos o privilégio de viver aqui alguns anos e que nos encantamos com a magia que o dia-a-dia tem aqui em Portugal. Parece que vivem anestesiados para as bênçãos que os rodeiam.
Se eles soubessem que o facto de terem passado por uma industrialização parcial e muito tardia pode, paradoxalmente, ser o seu maior trunfo - O de conseguirem aliar o conforto da mordernidade (sim, eles queixam-seque se fartam dever a sua suposta "qualidade de vida" descer, mas se eles vissem como se vive em países como a Guatemala e El Salvador ...) com a manutenção de solidariedades de tipo pré-industrial que tornam a sociedade tão mais humana do que países supostamente mais "desenvolvidos", e que de certeza será um grand etrunfo para Portugal no atravessar da crise sistémica que se avizinha.
No Departamento de Estado Norte-Americano, Portugal é conhecido como um dos países mais "family friendly", onde as crianças, onde é mais fácil para um casal com filhos ter uma qualidade de vida razoável e espaço para as crianças conviverem e brincarem em liberdade.
Nos Estados Unidos, é quase impossível para um casal residente numa grande cidade ter uma família e manter duas carreiras. Das duas uma: Ou um dos membros do casal deixa de trabalhar - geralmente é a mulher que sacrifica a sua realização profissional ou mudam-se para uma cidade pequena, com o que isto implica de isolamento e redução de opções culturais e de lazer.
É por isso que muitos e nós escolhem a carreira diplomática: Para encotnrar espaços onde consigamos um equilibrio maior entre vida profissional e pessoal.
(...)
Nem sabe a pena que os meus colegas sentem quando têm de deixar Portugal por o departamentod e Estado os ter colocado noutro país."
Comentários?
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
Albufeira, Alcáçovas, Alcochete, Alcoutim, Alhos Vedros, Aljezur, Aljustrel, Allariz (Galiza), Almada, Almodôvar, Alverca, Amadora, Amarante, Angra do Heroísmo, Arraiolos, Assomada (Cabo Verde), Aveiro, Azeitão, Baía (Brasil), Bairro Português de Malaca (Malásia), Barcelos, Batalha, Beja, Belmonte, Belo Horizonte (Brasil), Bissau (Guiné), Bombarral, Braga, Bragança, Brasília (Brasil), Cacém, Caldas da Rainha, Caneças, Campinas (Brasil), Carnide, Cascais, Castro Marim, Castro Verde, Chaves, Cidade Velha (Cabo Verde), Coimbra, Coruche, Díli (Timor), Elvas, Ericeira, Espinho, Estremoz, Évora, Faial, Famalicão, Faro, Felgueiras, Figueira da Foz, Freixo de Espada à Cinta, Fortaleza (Brasil), Guarda, Guimarães, Idanha-a-Nova, João Pessoa (Brasil), Juiz de Fora (Brasil), Lagoa, Lagos, Leiria, Lisboa, Loulé, Loures, Luanda (Angola), Mafra, Mangualde, Marco de Canavezes, Mem Martins, Messines, Mindelo (Cabo Verde), Mira, Mirandela, Montargil, Montijo, Murtosa, Nazaré, Nova Iorque (EUA), Odivelas, Oeiras, Olhão, Ourense (Galiza), Ovar, Pangim (Goa), Pinhel, Pisa (Itália), Ponte de Sor, Pontevedra (Galiza), Portalegre, Portimão, Porto, Praia (Cabo Verde), Queluz, Recife (Brasil), Redondo, Régua, Rio de Janeiro (Brasil), Rio Maior, Sabugal, Sacavém, Sagres, Santarém, Santiago de Compostela (Galiza), São Brás de Alportel, São João da Madeira, São João d’El Rei (Brasil), São Paulo (Brasil), Seixal, Sesimbra, Setúbal, Silves, Sintra, Tavira, Teresina (Brasil), Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Trofa, Turim (Itália), Viana do Castelo, Vigo (Galiza), Vila do Bispo, Vila Meã, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de São Bento, Vila Real, Vila Real de Santo António e Vila Viçosa.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
7 comentários:
Senhora expedita, mas não descobriu a pólvora... os Monárquicos falam disso há muito.
Mas é muito difícil valorizar as vantagens do nosso relativo atraso, quando se continua a concentrar tudo nas grandes cidades do Litoral, abrindo-se do interior para a fronteira um deserto, que é capitalizado por Espanha, por defeito nosso - se a nossa TV não chegava em condições, pois viam a de Espanha, e depois tornou-se hábito; agora se não há creches e hospitais... - e por deliberada política espanhola, assim meio pela surra ou nem tanto.
Quem está a capitalizar com o Alqueva? Os lavradores do outro lado, que estão a comprar tudo em volta. Os nossos estão falidos!
Etc.
Enfim. Não me quero irritar.
Vou ao almoço.
P. S. Por favor não venham os tontos que me chamaram Iberista... agora berrar aqui: «Morte ao Espanhol!» - ando a ficar sem paciência.
Há vários países dentro deste pequeno país... uns melhores do que outros, para se viver.
beijo*
Dos 200 países da ONU, na maior parte não se consegue um mínimo de decência de vida:
África( a não ser nos condomínios de luxo),Islão, coreia do Norte,Myanmar
A não ser, claro, os nababos enterrados em $$$ roubados ao povo.
Para quem vive nas zonas suburbanas em Portugal a vida não é tão fácil assim, devido ao péssimo ordenamento do territótrio.
Na minha opinião essa senhora apenas viu um dos lados da realidade.
Uma funcionária da Embaixada dos EUA não deve viver propriamente num bairro de lata...
Pergunte-se a um estrangeiro que aí viva se tem esta mesma visão idealista e irrealista.
Há assimetrias gritantes neste país.
Concordo que temos muita tendência para queixumes e lamúrias, mas isso é outra história.
Desconheço o país descrito por esta senhora salvo, talvez, os Açores há alguns anos.
Concordo em parte quando a senhora funcionária diz que "parece que vivem anestesiados para as bençãos que os rodeiam", o que corresponde a uma certa desvalorização dos nossos encantos e a um provinciano entusiasmo que sobrestima qualquer opinião estrangeira, assim como à cega aceitação de qualquer ideia, movimento, e outras importações culturais, que nada teriam de mal se muitas o único critério não fosse o carimbo: "estrangeiro", e não correspondesse também ao concomitante menosprezo pelo que é feito por cá.
Embora esta atitude do "lá fora faz-se assim" me pareça que tendencialmente já se vá atenuando. Ou será o optimismo que me ilude?
Quanto ao isolamento e redução de opções culturais e de lazer, não creio que se devam a factores geográficos. Até porque existirão espaços de lazer e riquezas culturais em certas zonas de interior que dificilmente se poderão encontrar nas grandes cidades. Estas cidades muitas vezes mascaram de entretenimento a falta de verdadeiras opções culturais, aquelas que dão sentido e servem de patamar à elevação do espírito. Há muito isolamento em qualquer megalópole, a sua unidade funcional alicerça-se em diversas ilhas de fronteiras humanas bastante estanques, e muito limitadas no usufruto pleno da vivência, pela claustrofóbico cerco de escassez espacio-temporal. Aqui recordo novamente Agostinho da Silva quando diz: "A Cultura começa por todas as pessoas poderem comer o que devem comer. E começa por terem uma casa como devem ter. E depois, é que começam a ter interesses culturais."
Enviar um comentário