A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 4 de junho de 2008

ASSIS





ASSISI


Umbrische Nacht.
Umbrische Nacht mit dem Silber von Glocke und Ölblatt.
Umbrische Nacht mit dem Stein, den du hertrugst.
Umbrische Nacht mit dem Stein.


Stumm, was ins Leben stieg, stumm.
Füll die Krüge um.


Irdener Krug.
Irdener Krug, dran die Töpferhand festwuchs.
Irdener Krug, den die Hand eines Schattens für immer verschloß.
Irdener Krug mit dem Siegel des Schattens.


Stein, wo du hinsiehst, Stein.
Laß das Grautier ein.


Trottendes Tier.
Trottendes Tier im Schnee, den die nackteste Hand streut.
Trottendes Tier vor dem Wort, das ins Schloß fiel.
Trottendes Tier, das den Schlaf aus der Hand frißt.


Glanz, der nicht trösten will, Glanz.
Die Toten - sie betteln noch, Franz.




ASSIS


Noite úmbrica
Noite úmbrica com a prata de sino e folha de oliveira.
Noite úmbrica com a pedra que para aqui trouxeste.
Noite úmbrica com a pedra.


Mudo, mudo o que entrou na vida.
Esvazia e enche os jarros.


Jarro de terra.
Jarro de terra que traz em si a mão do oleiro.
Jarro de terra que a mão de uma sombra para sempre fechou.


Jarro de terra com o selo da sombra.


Pedra, pedra para onde quer que olhes.
Deixa entrar o burrico.


Animal a trote.
Animal a trote na neve espalhada pela mais nua mão.
Animal a trote adiante da palavra que se fechou.
Animal a trote que vem comer o sono à mão.


Brilho, brilho que não quer consolar.
Os mortos, Francisco, ainda pedem esmola.


Paul Celan

Tradução de João Barrento
in As Escadas não têm Degraus, 3, livros Cotovia, Lisboa, Março de 1990, pp. 156-157.

12 comentários:

Ana Beatriz Frusca disse...

Esse poema remete uma ferida aberta que jamais se fechará, sua cicatriz estará sempre exposta.
Belo e sofrido poema!
Não sei porque, mas me sensibilizou muito.

Anónimo disse...

Lindíssimo,o poema. O processo da repetição é como a cadência de um sino a tocar no interior da alma.
«Selo da sombra». Extraordinário poema!

Lord of Erewhon disse...

Um dos maiores poetas do Séc. XX - e só um judeu poderia escrever nesta surdina alta de sofrimento e sabedoria.

Lord of Erewhon disse...

Tem que ler esse poeta, maninha - é um dos que trago sempre no meu coração e é parte de minha Menorah; depois te conto quem são os restantes.

P. S. Um falou das «raparigas-flor»... se souber quem... vai ganhar prenda.
P. P. S. Também escreveu em Alemão... ;)

Ana Beatriz Frusca disse...

Poeta ou romancista?
Se for romancista eu chuto Marcel Proust por causa do romance À Sombra das Raparigas em Flor.
Hum...perdi minha prenda, mas bem que tentei...LOLLLLL!

Ana Beatriz Frusca disse...

Mais um chute: Goethe.

Lord of Erewhon disse...

É judeu, menina, judeu alemão, e poeta... Mais uma tentativa? Demora o teu tempo.


P. S. Não é deste século, nem do anterior... ;)

Ana Beatriz Frusca disse...

Outro chute: Heinrich Heine.

Lord of Erewhon disse...

:)
Que quer de prenda? Diz por mail, que tu é mais perigosa que o sapo sUrucUcU!

Lord of Erewhon disse...

(Tem lição de Inglês...)

E'EN AS A LOVELY FLOWER

by: Heinrich Heine (1799-1856)

E'en as a lovely flower,
So fair, so pure thou art;
I gaze on thee, and sadness
Comes stealing o'er my heart.

My hands I fain had folded
Upon thy soft brown hair,
Praying that God may keep thee
So lovely, pure and fair.


English translation of "Du Bist Wie Eine Blume" by Kate Freiligrath Kroeker (1845-1904).




Os sábios inventam novas ideias, os tolos expandem-nas.

O inteligente acautela-se de tudo; o idiota faz observações sobre tudo.

Onde quer que os livros sejam queimados, os homens, decerto, serão também queimados.

O matrimónio é como um mar, para o qual ninguém inventou ainda a bússola.

Muitas vezes tenho dito à vida: dá-me pouco, para que não me possas tirar tanto.

O historiador é o profeta que olha para trás.


Heinrich Heine

Ana Beatriz Frusca disse...

O que quero? Já tenho: tua amizade!
Esse poeta gostava tanto de uma raparia que até morreu de sífilis. Lamento pela fato de na época a Medicina estar em atraso, pois o pouco que li dele deu pra se perceber a enorme sensibilidade e inteligência, além da larga versatilidade.
Beijos, maninho.

Lord of Erewhon disse...

Judeu tem azar em bordel mesmo! LOL!! - tirando isso, é em todo o lado.

Beijinho.