Em 17 de Maio de 2008 os ministros da Defesa da CPLP aprovaram a chamada "Declaração de Díli". Segundo esta, a proposta portuguesa para a fundação de "Centros de Excelência", que já noticiámos no Quintus será a primeira fase para assentar os fundamentos de uma política de Defesa comum, erguida em torno do seu pilar fundamental que é o do treinamento e da formação dos meios militares da Comunidade Lusófona.
Agora, compete ao "Secretariado Permanente" da CPLP a recepção das propostas dos diversos Estados da Comunidade de forma a, em 2009, elaborar uma lista dos diversos Centros, indicando explicitamente quais as áreas de formação específica entregues a cada país.
Cabo Verde, Angola, a Guiné-Bissau e Moçambique já se exprimiram dispostos a acolher a instalação local de um destes "Centros de Excelência".
Já há muito tempo - praticamente desde a independência dos PALOPs - que Portugal tem colaborado em diversas fases na formação dos militares destes países, e atualmente, os mesmo tipo de missões é cumprida em Timor-Leste. A fundação e alargamento destes Centros de formação vai expandir esta experiência e consolidar a ligação dos países da CPLP neste domínio, precisamente como defendíamos NESTA petição, já que estes Centros terão como principal objectivo formar militares lusófonos, e treiná-los muito particularmente para a participação em missões de paz da ONU ou de outras entidades internacionais, algo em que Portugal e o Brasil (este menos) têm já alguma experiência que podem transferir para os seus parceiros na CPLP. O recurso a forças angolanas ou moçambicanas nos (infelizmente) numerosos cenários de crise em África seria um objectivo a curto prazo para os militares aqui treinados... Angola, por exemplo, teria todas as condições para substituir outros países que vemos frequentemente nestas missões africanas, e desempenhando sempre o seu papel de uma forma muito medíocre e ineficaz... como a Nigéria, por exemplo e alavancando a CPLP para outros voos, mais ambiciosos e de maior escala mundial.
Fonte:
Lusa
1 comentário:
Tem de se superar a fase estritamente militar, para passar para uma Aliança com fundamentos democráticos que vigiará e defenderá a aplicação da Democracia em todos os países lusófonos.
Telo Vieira de Meireles
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