A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 23 de abril de 2008

NUESTROS HERMANOS


Porquê os “Aguaviva”?
Este conjunto espanhol inspirou a formação de um grupo em Alhos Vedros, com o nome de Aqueduto, no final dos anos sessenta, que se manteve em actividade até finais dos anos setenta, do qual eu fazia parte. Cantávamos, quando não éramos impedidos pela Censura, em Associações, Clubes, Pavilhões, ou na rua, quando a polícia não permitia a nossa entrada nos recintos. O nosso reportório era constituído por letras e canções de nossa autoria, mas incluíamos “Aguaviva” e Zeca Afonso, como preito de homenagem a estas figuras.
Aqueduto, como Aguaviva, “llegó en el momenyo preciso, como si hubiera sido un diseño cuidadosamente programado para aparecer cuando hacia falta y para decir las cosas que la gente necesitaba escuchar”.



Tulipas de António Tapadinhas
Óleo sobre tela 105x90cm

Um comentário de “Fermina Daza”, motivou a resposta de Luís Carlos, um colaborador no blogue “estórias de alhos vedros” e do MIL, que resolveu colocar o seu belo poema, Iberia, no comentário. Considerei uma pena ficar escondido, não só pela sua beleza, mas também pelo seu significado, numa intervenção que poderia passar despercebida. Resolvi, por isso, dar-lhe o destaque que julgo merecer.

Amigo António, a doce poesia e os belos sentimentos da tua acompanhante de viagem e nuestra hermana "fermina daza", mais a forte saudade de um Porto Sentido e a tua amizade, trouxeram-me à memória um poema que dediquei a Espanha. Aproveito para o deixar aqui e vou dedicá-lo em teu nome, a todos os amigos que por aqui passam, e em particular, a todos nuestros hermanos, fazendo votos que a proximidade geográfica e linguística, se traduza cada vez mais numa proximidade amistosa, afectiva, fraterna e solidária. A aproximação cada vez maior entre a Língua de Camões e a Língua de Cervantes, decerto, trarão de novo novos mundos ao mundo, desta vez já em paz!

Então o poema diz assim:


IBERIA

Hubo un tiempo
en que peleámos
infantiles nos matámos uno al otro

Hubo mismo un tiempo
en el que exageradamiente me hiciste tuyo:
llegaste y reynaste, me tomando todo
hasta que de nuevo nos matámos uno al otro.

Esos tiempos cambiáran.
Hoy te quiero solamente amiga
y signo de eso mismo es hacer
de mi canto tu língua,
mostrar te que al meter me en tu piel
te quiero respectar como eres
como se de mi mismo se tratara,
te quiero plenamente comprender
y se necessario discordar,
pero desta vez ya en paz.

Al diante de hoy mano com mano
caminãremos.

a um anónimo António,
a Espanha!,
com os devidos agradecimentos ao Manuel João que me conseguiu a tradução.
17 de Abril de 2008 9:16

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