A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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segunda-feira, 7 de abril de 2008

Desacordo Ortográfico IV


A minha sombra sou eu,
ela não me segue,
eu estou na minha sombra
e não vou em mim.
Sombra de mim que recebo a luz,
sombra atrelada ao que eu nasci,
distância imutável de minha sombra a mim,
toco-me e não me atinjo,
só sei do que seria
se de minha sombra chegasse a mim.
Passa-se tudo em seguir-me
e finjo que sou eu que sigo,
finjo que sou eu que vou
e não que me persigo.
Faço por confundir a minha sombra comigo:
estou sempre às portas da vida,
sempre lá, sempre às portas de mim!

Almada Negreiros, A sombra sou eu


Só queria dizer que gostaria de poder sempre ler este poema como Almada escreveu e não numa versão do Brasil .
Rogério Maciel

3 comentários:

Renato Epifânio disse...

Caro Rogério
Desculpar-me-á mas há aqui um grave equívoco da sua parte: este poema, redigido segundo o Acordo Ortográfico, ficaria exactamente na mesma...

João Beato disse...

Caro Rogério,
para além da observação muito pertinente do Renato, relembramos-lhe que o português brasileiro é uma variante OFICIAL da língua lusa que não assassina nada nem ninguém. Embora não tenha a intenção de ofender, repare que poderá haver muitos irmãos brasileiros que gostariam de participar neste blogue e que poderão não estar a fazê-lo precisamente porque se têm emitido opiniões sobre a sua língua que podem estar a ser recebidas com muito desagrado.

Anónimo disse...

Queria dizer que já me sucedeu de ouvir discursos de letrados portugueses e meus ouvidos não entenderem tão bem o que se dizia... Todavia, mesmo em grafia arcaica o português escrito em Portugal ou Brasil praticamente não se diferenciam, senão por pequenas diferenças ortográficas. Penso que seria uma uniformidade gráfica que esteja em discussão, principalmente, em vista da indústria gráfica. Como se poderia reduzir ao mesmo saco tantos falares, gostos e modos de pensar mesmo em distintas regiões de Portugal, em África e no Brasil. Não é isto que está em jogo, acredito.