- Caríssimos Irmãos e Irmãs Lusófonos(as) ! Não fica bem entre Irmãos(ãs) falar da maneira algo cínica e agressiva que alguns têm empregue para defender o tal acordo ...
Tenho em mim , convictamente que , será muito melhor para a Evolução da Língua Portuguesa , que esta se desenvolva naturalmente em cada local do planeta onde existe ... não é um decreto frio ,ou um acordo escrito em algumas sessões de eruditos e intelectuais á volta duma mesa durante uma semana ou duas , que vai alterar o que quer que seja .
A Língua pertence aos povos que a falam , e não a um grupo de burocratas !
Não haverá vantagens neste descalabro a que chamam "acordo ortográfico"...
Este é um puro assassínio desta língua tão maravilhosa como é o Português de Portugal ! Não vêem os meus Irmãos Portugueses ?
Os nossos Irmãos do Brasil vêem ... (http://dererummundi.blogspot.com/2008/01/outra-vez-o-acordo-ortogrfico.html )
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Quer alguns irmãos nossos queiram quer não , julgo que Todos os outros Portugueses que não concordam com esta imposição por decreto sobre a maneira como iremos ( ACREDITO que não só isso não vai acontecer como também será benéfico para o Objectivo maior do MIL ...) escrever o Português traduzido para Brasileiro , têm o direito de o exprimir públicamente , principalmente porque o que os Move , não é a preguiça ou o egoísmo ou o comodismo de não lhe apetecer reconverter tudo , Não ! O que nos move é o Amor á Língua , o Amor a Portugal , sendo que este Imenso Portugal Junta o gigante Irmão Brasil e todos os que á Volta da Lareira Lusitana se Aquecem no Carinho , na Amizade , na União do Verbo Português .
Deixo apenas aqui uma ligação da APEL sobre o tal "acordo" ...
« ... Através deste estudo percebe-se que muito pouco vai mudar, o que deita por terra aquele que tem sido o principal argumento apontado na defesa do Acordo Ortográfico: ao contrário do que é dito pelos seus defensores, não se afigura a aproximação das diversas variantes do Português, mas sim a consagração das diferenças naquilo que é fundamental – a sintaxe, a semântica e o vocabulário – com clara vantagem para a variante do Brasil. ... »
http://www.apel.pt/default.asp?s=12268&ctd=32345
Nenhuma animosidade me move nesta minha expressão do que penso e sinto , contra quem quer que seja . Da discussão nasce a luz , diz-se , e julgo que este saudável debate que tem acontecido na Nova Águia , só mostra as alturas a que esta Águia está fadada a Alcançar , para além de que , no final se verá , será muito bom para alcançarmos os Objectivos a que todos(as) nos propomos , que este Desacordo Ortográfico não aconteça , como Acredito que não vai acontecer (que me perdoem todos os irmãos que tanto pugnam por este acordo !) .
Com um Grande Abraço Lusitano para Toda a Lusofonia !
Rogério Maciel
Saudações, amigos lusitanos....
António Viriato não sabe absolutamente nada sobre a relação entre portugueses e brasileiros, destacando, que assim posso, como brasileiro que sou, a enorme admiração que temos pelos irmãos de Além-Mar. Digo, é claro, como acadêmico e, algum etnocentrismo acrescentaria, “letrado”. Muitos dos livros portugueses, romances ou acadêmicos, são lidos aqui.
As modificações propostas ferem pouco o português falado (ou escrito) aqui. Apesar disso, grande parte dos brasileiros com quem tive contato são contrários. Isso, principalmente, porque ferem o português de vocês. Acrescento: vocês têm o direito cultural de continuarem a escrever facto. O facto de vocês não é o fato nosso.
E tenho bastante respeito pelo fato de que as palavras são patrimônio cultural. Como tal, não podem ser presas.
Sobre a bobagem, se me permitem a liberdade da palavra, a respeito da novela: deveriam os meios de comunicação simularem uma linguagem oral? Não, ela é diferente da escrita. Assim como é diferente a estrutura do português lusitano.
Mesmo assim, José Saramago é um dos autores mais lidos aqui. E, aqui, “Euclides da Cunha ou mesmo Machado de Assis” não são vistos como autores “lusófilos”.
No mais, não há lei etnocêntrica na terra que possa frear o modo como diferentes povos constroem sua língua. A estrutura diferenciada do português, seja no Velho Mundo ou no Novo, não faz com que a língua seja diferente. Mas as estruturas correspondem a um modo de viver a língua. Correspondem a um modo de adotar a língua como patrimônio cultural. E qualquer reivindicação sobre a unidade não passa de um autoritarismo sobre o modo como os povos são diferentes no cotidiano. Qualquer unidade defende uma homogeneidade medíocre, pouco plural, pouco tolerante e, digo mais uma vez, etnocêntrica.
Para deixar claro: apesar de pouca ortografia mudar no Brasil, caso a mudança seja aplicada, a maioria, deste lado de cá do atlântico, dos brasileiros é contraria. Pelo menos na academia, onde pessoas continuam a defender a pluralidade como facto.