A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quinta-feira, 17 de abril de 2008

Cinco passos para a tirania

Excelente documentário sobre os mecanismos colectivos que levam a que pessoas comuns, "sãs", respeitadoras da "lei", da "moral" e dos "bons costumes" cometam grandes violências contra o seu semelhante como resultado da sua obediência à "autoridade":

http://www.brightcove.tv/title.jsp?title=958764725

Não obstante o brilhantismo do filme, este deixa escapar dois pormenores muito importantes:

- A forma como a combinação entre certas recompensas e certos castigos, ou a ameaça destes - ex: uma promoção profissional ou de estatuto social, perca de emprego, a possibilidade de ser ser amad@ ou aceite pelos seus pares ou rejeitad@ por estes, etc. - Leva a que as pessoas obedeçam a comandos que, noutras situações, seriam considerados uma violação da sua consciência;

- Como certas formas de divisão de tarefas que fazem com que a pessoa não tenha a perspectiva de como a sua actividade se insere num "todo", e assim não consiga julgar a moralidade das suas acções de uma forma imparcial, contribui para tal obediência nefasta.

Mesmo assim, ajuda e muito a compreender porque é que os nossos concidadãos têm tanta dificuldade em criar movimentos de oposição de larga escala à tirania quotidianaque estrangula o estado e a sociedade civil em Portugal:

Todos, ou quase todos,têm "bocas para alimentar", ou pelo menos o seu próprio estómago para nutrir.

Todos, ou quase todos nós fomos educados de uma maneira na qual a nossa identidade foi construída "de fora para dentro", como espelho das impressões dos outros - pais, outros familiares, colegas, amigos, clero, empregadores, qualquer pessoa que passe na rua - em vez de dentro para fora.

Um exemplo disso é o facto de as famílias Portuguesas terem o maior índice de endividamento da OCDE, logo a seguir aos EUA. Muitas famílias ainda educam os seus filhos de acordo com os princípios de que "a aparência é tudo" e "o que é que as pessoas podem pensar".

Parecer estar tão "bem" ou "melhor" que @ vizinh@, conseguir ultrapassá-l@ nas hierarquias profissionais, estéticas e materiais é na prática considerado muito mais importante do que ser-se feliz e autêntic@.

Como frutos de uma sociedade pós-ditatorial e estruturalmente autoritária devido a séculos de inquisições das mais diversas, falta-nos a capacidade de criar uma vida interior autêntica, que por sua vez garanta a liberdade, a responsabilidade e a sanidade do nosso espírito.

Ao contrário do que tantas vezes se diz nos média, nas escolas e nos púlpitos das igrejas, o maior problema do Portugal actual não é individualismo a mais. Pelo contrário, é individualismo a menos.

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