A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 3 de março de 2008

As Petições Online, o estado da Democracia e as novas formas de expressão cívica e política

No passado sábado foi publicado no semanário “Expresso” um artigo sobre a nossa “Petição online contra as taxas nos levantamentos no Multibanco”, embora o âmbito do artigo tivesse extravasado o âmbito muito específico desta petição - que é aquela mais votada alguma vez em Portugal – não abordou aquela que é a nosso ver o ponto essencial: Existe uma vontade de participação cívica por parte dos portugueses, e esta vontade não se revê nem nas tradicionais lógicas e mecânicas partidárias (em claro processo de erosão e decadência), mas que está apto a procurar e a encontrar novas formas de participação política e cívica.

Os partidos políticos estão a desaparecer. As elevadas e consistentemente crescentes taxas de absentismo nas eleições registadas em todo o mundo indicam que o modelo partidário tradicional está esgotado. Em seu lugar, ainda não existem alternativas e o processo actual está a evoluir perigosamente para duas direcções: a tomada interna e palaciana do núcleo de poder interno dos partidos por interesses económicos e privados com agendas profundamente diferentes e inconciliáveis dos quais os processos judiciais recentes dão prova (Casino de Lisboa, Somage, Portucale, etc) ou a transformação do espectro político, por via da simplificação e autofagia dos pequenos e mais inovadores partidos pelos grandes, tornando o sistema partidário dual e alternante entre dois grandes “partidos-únicos” que mantêm diferenças apenas formais e nas personalidades que os regem. Simplificado, amalgamado e tornado em simples colégio de técnicos e economistas seguidores do dogma do “Pensamento Único” este sistema paradoxalmente decadente e perene repeliu todos aqueles que não se revêm nele e abriu espaço para novas formas de participação cívica e política.

As petições online não são certamente a única destas formas de expressão. Nos EUA, as redes sociais como o Facebook ou o MySpace já se afirmaram com um dos palcos de debate mais intenso da campanha eleitoral das Primárias que agora ali decorre. Em Espanha, a campanha eleitoral actual oscila muito na blogoesfera e um pouco por todo o lado, vemos o YouTube como ferramenta de divulgação de discursos e mensagens políticas. As petições são apenas uma das formas de alguém escolher uma causa, seja ela a das “taxas do multibanco” ou a da “criação de uma força de paz lusófona” e de, depois, congregar em torno dela as hostes de cidadãos normalmente imóveis e neutros que não se revêm nas formas convencionais de expressão política. Sempre houve petições e sempre haverá, mudando apenas a sua forma física, ora o papel e a caneta, ora o electrão e o par teclado-monitor, mas esta nova forma poderá potenciar o ressurgimento da democracia num mundo onde as grandes corporações globais e os grupos financeiros procuram destruir o cerne das democracias e transformar o sistema político impondo uma forma disfarçada de auto-governo das megacorporações.

5 comentários:

Anónimo disse...

Muito interessante e justo ! E o que vai fazer o MIL para ser a alternativa desejada ?

Anónimo disse...

Pois, agora que o mapa político está em crise e tem de se renovar, porque não se afirmam já como alternativa política ?

Renato Epifânio disse...

Como já aqui escrevi, esse é um passo que o MIL poderá dar no futuro. Mas não para já...

Rui Martins disse...

cada coisa a seu tempo.
para que tudo ocorra no devido momento e um passo prematuro não derrame todo empenho antes empenhado na coisa...
a chamada política dos "pequenos passos".

Renato Epifânio disse...

Exactamente! Passo a passo, chegaremos longe, chegaremos lá...