"Académicos, responsáveis políticos, deputados, editores e escritores vão debater o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em Abril, numa conferência internacional e numa audição pública organizadas pela Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura.
"A Assembleia da República não pode alhear-se da polémica instalada na sociedade portuguesa acerca do acordo ortográfico e tem de participar activamente neste debate", disse à agência Lusa o presidente daquela Comissão, Luís Marques Guedes.
A iniciativa está prevista para 7 de Abril e além de representantes da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Brasileira de Letras, as instituições que negociaram as bases científicas do acordo, serão ouvidos responsaveis da SPA (Sociedade Portuguesa de Autores), APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros) e outras entidades.
O programa inclui também um frente-a-frente entre o escritor e eurodeputado social-democrata Vasco Graça Moura, um dos mais conhecidos adversários do acordo, e o professor Carlos Reis, antigo director da Biblioteca Nacional, que tem posição contrária.
O Acordo foi rubricado em 1991 e deveria ter entrado em vigor em 1994, mas apenas três dos Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe - aprovaram o acordo e os dois protocolos modificativos entretanto estabelecidos ao mais alto nível entre os oito países.
O segundo desses protocolos, de 2004, prevê ser suficiente a ratificação do texto por três países para que o mesmo entre imediatamente em vigor nesses países.
O Protocolo Modificativo foi assinado por todos os países lusófonos, mas apenas ratificado inicialmente pelo Brasil e Cabo Verde, tendo em Agosto de 2006 sido ratificado igualmente por São Tomé e Príncipe, passando juridicamente a vigorar.
Como qualquer acordo internacional, o referido protocolo tem de ser ratificado pela Assembleia da República, mediante proposta do governo.
O Governo português tencionava fazê-lo até ao final de 2007, mas até hoje ainda não chegou à Assembleia da República.Em Novembro passado, a então ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, anunciou que Portugal iria pedir uma moratória de dez anos para a entrada em vigor do Acordo.
Há cerca de três semanas, o novo ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, defendeu que deve ser o mercado e não moratórias a resolver a aplicação do Acordo, manifestando-se esperançado numa ratificação rápida do Protocolo Modificativo do mesmo. "É uma questão que não vai ser resolvida através de moratórias mas através do mercado (...) Tem havido uma grande concentração e alteração das condições editoriais. Por isso, vamos ver como o mercado reage e como acolhe essa situação", disse Pinto Ribeiro.
"O que se trata de assegurar - acrescentou o ministro - é que as vantagens da fixação ortográfica de uma língua não tenham consequências ao nível da liberdade criativa, da pluralidade de discursos. Penso que isso é relativamente fácil de assegurar".
A semana passada, o professor João Malaca Casteleiro, linguista que participou no processo de elaboração do Acordo Ortográfico, lamentou a "falta de vontade política" que está a entravar a sua ratificação. “Tenho muita pena de que não haja vontade política para ratificar o acordo nos oito países do espaço da Lusofonia (...) É que isto não é uma questão linguística, é uma questão política, uma questão muito importante do ponto de vista da política de Língua no âmbito da Lusofonia", disse Malaca Casteleiro num colóquio realizado em Lisboa."
Fonte: Lusa
Encontrado em:
Academia das Ciências de Lisboa
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
Albufeira, Alcáçovas, Alcochete, Alcoutim, Alhos Vedros, Aljezur, Aljustrel, Allariz (Galiza), Almada, Almodôvar, Alverca, Amadora, Amarante, Angra do Heroísmo, Arraiolos, Assomada (Cabo Verde), Aveiro, Azeitão, Baía (Brasil), Bairro Português de Malaca (Malásia), Barcelos, Batalha, Beja, Belmonte, Belo Horizonte (Brasil), Bissau (Guiné), Bombarral, Braga, Bragança, Brasília (Brasil), Cacém, Caldas da Rainha, Caneças, Campinas (Brasil), Carnide, Cascais, Castro Marim, Castro Verde, Chaves, Cidade Velha (Cabo Verde), Coimbra, Coruche, Díli (Timor), Elvas, Ericeira, Espinho, Estremoz, Évora, Faial, Famalicão, Faro, Felgueiras, Figueira da Foz, Freixo de Espada à Cinta, Fortaleza (Brasil), Guarda, Guimarães, Idanha-a-Nova, João Pessoa (Brasil), Juiz de Fora (Brasil), Lagoa, Lagos, Leiria, Lisboa, Loulé, Loures, Luanda (Angola), Mafra, Mangualde, Marco de Canavezes, Mem Martins, Messines, Mindelo (Cabo Verde), Mira, Mirandela, Montargil, Montijo, Murtosa, Nazaré, Nova Iorque (EUA), Odivelas, Oeiras, Olhão, Ourense (Galiza), Ovar, Pangim (Goa), Pinhel, Pisa (Itália), Ponte de Sor, Pontevedra (Galiza), Portalegre, Portimão, Porto, Praia (Cabo Verde), Queluz, Recife (Brasil), Redondo, Régua, Rio de Janeiro (Brasil), Rio Maior, Sabugal, Sacavém, Sagres, Santarém, Santiago de Compostela (Galiza), São Brás de Alportel, São João da Madeira, São João d’El Rei (Brasil), São Paulo (Brasil), Seixal, Sesimbra, Setúbal, Silves, Sintra, Tavira, Teresina (Brasil), Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Trofa, Turim (Itália), Viana do Castelo, Vigo (Galiza), Vila do Bispo, Vila Meã, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de São Bento, Vila Real, Vila Real de Santo António e Vila Viçosa.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Já tinho visto a notícia no Público. Temos que marcar presença...
Já tinho visto a notícia no Público. Temos que marcar presença...
Correcto!
Recomendo mesmo um contacto com a dita comissão para apurar da viabilidade da nossa presença...
segue mais informação em email (logo que a tiver...)
Já seguiu a proposta...
Enviar um comentário