A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
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Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Vidas Portuguesas: Basílio Teles (1856-1923)
“Foi assim, pois, em plena quietude pública e marasmo partidário, que abriu o ano de 1890, o nosso année terrible. No decurso de Agosto precedente tinha-se dado enfim a colisão inevitável, e prevista, entre Portugal e a Inglaterra em territórios que o primeiro reivindicava desde muito, baseando-se no seu direito histórico e na sua influência secular, e a segunda reclamava para si, apelando para a doutrina recente da ocupação efectiva. (...) Usando dos aludidos títulos da novíssima jurisprudência de Berlim, a Inglaterra declara que os Macalolos estão sob o seu protectorado; (...) À tempestade que se formara e crescia imprevistamente para os lados de Lisboa respondiam, naturalmente, o terror e a confusão no Paço das Necessidades. (...) O Finis Monarchiae parecia ter chegado, enfim, depois de duzentos e cinquenta dolorosos anos de beatérios, devassidões, (...) em que se resumia a história do governo dos Braganças.”
Basílio Teles, Do Ultimatum ao 31 de Janeiro – Esboço de História política
Apontamento Biográfico
Basílio Teles nasceu, na cidade do Porto, no dia 14 de Fevereiro de 1856.
Assim que termina os estudos preparatórios, ingressa na Academia Politécnica e, em seguida, na Escola Médico-Cirúrgica, no ano de 1875. No entanto, abandona esta última após ter discutido com um professor. Torna-se docente de liceu e lecciona as disciplinas de literatura, filosofia e ciências naturais. Nessa época é colaborador de vários jornais de índole literária e política. Passa também a intervir politicamente na sociedade: filia-se no Partido Republicano Português (é membro do Directório de 1897 a 1899 e de 1909 a 1911) e integra o Clube de Propaganda Democrática do Norte. Aquando do 31 de Janeiro de 1891 exila-se no estrangeiro, regressando apenas quando é amnistiado.
Recusa a Pasta das Finanças no primeiro Governo Republicano, em 1910 e, em 1915, também não aceita a Pasta da Guerra que lhe é oferecida.
Morre, na cidade do Porto, no dia 10 de Março de 1923.
Apontamento Crítico
Basílio Teles é um autor que se debruça sobre várias correntes do saber. Deste modo, a título de exemplo, dedica-se à filosofia, à história, à política, à economia e à agronomia. Apesar de tudo, as suas reflexões mais veementes situam-se no campo político e filosófico. Quanto ao primeiro, é sintomático e natural que assim suceda na medida em que, desde cedo, se constitui um revolucionário republicano e um ardente crítico da monarquia. Isto não faz com que Basílio Teles, no entanto, não se pronuncie quanto ao fracasso da 1.ª República – é um dos críticos mais ferozes da experiência republicana de 1910 a 1926 (embora faleça em 1923, Basílio Teles assiste, em grande parte, à derrocada do governo republicano). Quanto ao segundo, poder-se-á dizer que a principal temática da sua reflexão filosófica é a ideia de mal. Para o nosso autor, não faz muito sentido que haja uma evolução do Universo de um ponto de vista axiológico. Na sua perspectiva, a única realidade cognoscível é a imanência, não sendo possível, portanto, conhecer-se uma dimensão de natureza transcendente. Apelando, assim, para o ateísmo. Para Basílio Teles, é ilógico que Deus exista e permita o mal.
Assumidamente racionalista, Teles direcciona a sua reflexão filosófica para a epistemologia, ou seja, ao propor uma visão ateísta para a compreensão do Universo, desloca a natureza das suas inflexões para uma vertente mais científica do que propriamente metafísica ou religiosa. De qualquer forma, não poderá ser associado ao positivismo, tal como alguns propõem. A sua óptica permanece filosoficamente idealista.
Bibliografia Indicativa
O Problema Agrícola(1899)
Estudos Históricos e Económicos (1901)
Introdução ao Problema do Trabalho Nacional (1902)
Do Ultimatum ao 31 de Janeiro (1905)
As Ditaduras (1907)
O Regime Revolucionário 1911
Figuras Portuguesas (publicada em 1961)
Memórias Políticas (publicada em 1969)
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