Algumas das afirmações extremas do Professor Agostinho da Silva poderiam não corresponder a uma verdade insubstituível no plano da sua plasticidade máxima.
Antes eram, penso, uma teia cor de cinza, cor de névoa ou cor de pátria, onde a ironia do Homem Universal, espécie de grande aranha de peludas patas, se alia ao insecto paradisíaco que existe na imaginação de todos nós para com ele partir num voo de geometrias livres e consequências prodigiosas.
Agostinho, ou a reencarnação de Sócrates, o grande pai grego, descarna as utopias da época que o viu nascer, e inaugura a época da inocência plena depois de carregar durante muitos séculos com o fardo das escolas do pensamento ocidental, incitando-nos a uma vigilância plena que, atenta ao que de perto nos cerca, nos faculta a chave para em sintonia perfeita atingirmos o homem das cavernas contemporâneo e o ajudarmos na sua difícil ascensão aos estados superiores de consciência, a ser o que sempre foi, ainda que de si distante, se debata nas abóbadas das eternas dúvidas, ignoto das suas asas de luz.
Agostinho da Silva pulveriza a consciência instalada e aprova o que é difícil de digerir pelas regras do poder: um sentido de liberdade original, próximo da Natureza, sem freios ou constrangimentos impostos a partir dos poderes instituídos contra uma atitude do pensamento contemporâneo fiel a um comodismo acrítico e imobilizador, fixado apenas nos valores materiais e na ilusão da imagem.
Surge entre nós como o defensor de Impérios, Eternos, Celestes e Terrestres que habitam o coração dos lúcidos.
Convém contudo reconhecer que a viagem proposta pelo pensador não está, contudo, isenta de pequenos riscos, que cada um deverá superar como pode.
Não os assinalar seria uma forma de negação do espírito do homem que hoje invocamos. E o que primeiro se apresenta é a mudança progressiva de hábitos e são as alterações de todo o comportamento impeditivo do percurso individual mais perfeito.
Sabem os seus mais profundos estudiosos, os que se debruçam sobre as suas páginas, que foi muito ampla a curiosidade do autor.
Tendo uma sólida formação nas áreas da Filosofia, conduziu a sua própria razão no domínio duma praxis abrangente, levando aos outros as traves mestras do ensino essencial, para que visualizassem mais longe as amplas possibilidades duma série de regras, apenas aplicáveis aos mais destemidos.
A um núcleo de seguidores que cada vez mais procura formular as suas próprias questões, sabendo que a pouca distância o espírito protector e vigilante do grande pensador continua presente, e intensamente vivo até ao fim do tempos, devemos inclinar-nos numa agradecida vénia. Um aplauso pois, para todos vós.
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