A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
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Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Considerações Breves Acerca da Questão do Desemprego


Quando cito é sempre com um certo constrangimento, é como se estivesse a aprisionar uma ideia. Mas aqui vai uma de AS, extraída de uma entrevista, de 1994, feita por Victor Mendanha, creio que ainda nessa altura redactor do Correio da Manhã e publicada num livro com o título Conversas com Agostinho da Silva, Pergaminho, 3ª.ed., Lx. 1995, pags 100/101.
Não sabemos, por exemplo, como iremos resolver o problema de manter vivos os desempregados já que serão cada vez mais por uma razão muito simples: eles não são desempregados, o que desapareceu no Mundo foi o emprego....
E respondendo a uma pergunta de VM: O Mundo vai ter de os matar, deixando-os morrer, ou vai ter de os alimentar.
Esta citação hoje não é uma mera ideia socialmente penetrante. Nem sequer já é como ideia que a devemos encarar, mas sim como uma realidade que ai está para ficar e avolumar-se.
Uma realidade que importa analisar, não só no seu sentido ético, (a atenção humana que devemos dedicar às pessoas nessas situações) mas também na procura de soluções sociais para o problema.
A primeira resposta com que nos defrontamos é que desta vez o problema já não se pode esconder atrás do conjuntural, ele é sistemico.E ser sistémico significa que só poderá ser resolvido por mudança de sistema.
Vejamos um pouco melhor esta questão.
Há dias vi, e parei como toda a gente admirar, uma enorme escavadora que numa só lançada valia, medidas por alto, cem homens de pá e picareta.. Tirando o que manobrava a máquina e outro que andava por ali, onde estariam os outros 98 homens? Todos eles, incluindo os dois que ali se esforçavam, estriam a usufruir daquele progresso técnico? Ou esse progresso da técnica, que é um bem comum da Humanidade estaria a ser apropriado só por uns tantos?
Na continuação da citação acima, vejamos o que disse AS, no seguimento de ou os deixa morrer ou vai ter de os alimentar: Quando optar pela segunda solução, o Mundo entrará num tipo de Economia completamente diferente. Já não se trata de uma economia de produção organizada mas , isso sim, de uma economia de distribuição organizada..
Na verdade, noutro sistema de produção, em que a economia seja para servir o Homem e não ao contrário e com os poderosos meios de produção que hoje existem, que quase substituem o homem, o problema mais complexo é o da distribuição.
E se optarem pela primeira solução e para que isso aconteça basta não optarem pela segunda, o que é que acontecerá.
Disse que o problema é sistémica. Na verdade ele já não tem capacidade de gerar emprego, a tendência é inversa por várias ordens de factores dos quais destaco os seguintes:
O progresso tecnológico é muito activo em conceber instrumentos que dispensam trabalhadores.
A economia especulativa em que assentava o sistema está a ruir por toda o lado,
acrescentando mais desemprego,
O pico petrolífero, a que se junta o aumento exponencial de consumo por novos países em expansão e a retenção do mesmo como reserva por parte dos país produtores, estão e levar os preços a níveis astronómicos, o que irá provocar mais e maiores problemas económicos, e naturalmente desemprego.
Foi o que disse AS, o que não há é emprego.
Como o sistema não fará para resolver estas questões, pelo contrário, está dentro da sua dinâmica agravá-las, iremos ter graves problemas sociais. E esses problemas não forem enquadrados e orientados, (para a mudança) quer na acção quer no pensamento, por quem tiver alternativas a propor, haverá certamente grande dramas sociais.

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