Se formos ter medo dos "rótulos" que os media nos possam pôr então é que não se vai mesmo a lado nenhum.
Além disso, se evitarmos os vícios elitistas e plebiscitários que têm marcado os nossos partidos políticos desde 1820 e em vez disso:
1) Fundarmos um movimento social que seja realmente de bases e faça "mexer" energias que há séculos estão presas nas gargantas da população através de processos deliberativos descentralizados, de cariz local, profundos e englobantes, de acordo com o modelo das Confrarias Laicas. Nesse aspecto, temos muito a aprender, por exemplo, com as Comunidades Eclesiais de Base da América Latina, com excepção que não somos um movimento religioso, um "partido político" ou um movimento "de esquerda" ou "de direita". Queremos englobar e transcender todas as Fés políticas e religiosas, evitando desse modo o odor a sacristia, sinagoga, mesquita, terreiro (não só os de Oxalá, mas também de Odin, Wotan ou Endovélico), dinamite ou panfletos acabados de imprimir. Podemos aprender muitíssimo com o movimento das "Assembleias Populares" no Brasil;
2) Fizermos um esforço muito grande para tentar evitar dar a imagem que nos arrogamos o direito de representar "a voz do povo" ou "a alma da nação" - As massas do nosso país há muitos séculos que são silenciadas por elites intelectuais, políticas e económicas, e tentativas acríticas de nos tornarmos uma imitação barata do que se pensa e faz "lá fora". Tenho a certeza que nós, que temos pretensões a "intelectuais blogueiros" do século XXI, não queremos reproduzir os mesmos vícios que criticamos nos partidos políticos e nas instituições do Estado e da União Europeia. Por isso, devemos sobretudo assumir um papel de mediadores, e não de cabecilhas ou emblemas de ideias, energias e sonhos que precisam de ser libertados e metabolizados. Só através de tal metabolismo, resultante de processos deliberativos de base, se pode realmente criar um projecto nacional que não seja o resultado de discussões entre meia dúzia de "iluminados". Nós, membros do "Nova Águia", deveremos ser os "facilitadores" desta "catarse";
3) Evitarmos entrar em jogos políticos "tradicionais", seja através de apresentação de candidatos a elições, ou através da mobilização de posições num improvável referendo, sem antes "facilitar" esse movimento de base, e incluir nessas discussões propostas para uma reforma profunda das instituições públicas que leve a uma descentralização do poder e á sua aproximação da sociedade civil através de mecanismos participativos, aprofundando deste modo a democracia Portuguesa, que até agora se tem mantido a um nível tão superficial. Não queremos ser "mais um grupo desses que só quer é 'tacho' ";
Tenho a certeza que confudiremos e muito essa lógica simplista dos media que teimam em rotular " de esquerda" ou " deireita" todos e quaisquer esforços de animação da esfera pública. Um dos personagens do romance "O Último Minuto da Vida de S.", de Miguel Real, refere a uma dada altura que a insistência em rotular pessoas e projectos "de esquerda" ou "de direita" antes de analizar o potencial contributo dos mesmos, e assim fomentar alianças e inimizades baseadas em critérios menos que racionais, é típica dos países pobres e com falta de uma tradição democrática sólida. Está na hora de cortarmos este círculo vicioso. Vontade de o conseguir não falta.
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
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2 comentários:
Assim é que se fala... Haja Vontade!
Só acho a associação da união lusófona ao municipalismo demasidamente carregada. Idependentemetne do grau de descentralização a união lusófona é sempre conveniente...
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