A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Pátria? Ou Frátria?

E se, em vez de utilizarmos o termo "Pátria", tão carregado de conotações patriarcais, autoritárias e mesmo bélicas, seguíssemos o exemplo da grande Natália Correia e nos referíssemos a uma "Frátria", resultado da hierogamia entre a "Pátria" e a "Mátria"?

14 comentários:

Rui Martins disse...

E "pátria" assume também um certo pendor paternalista ("ele" sabe melhor do que nós o que é melhor para nós) e machista-solar....
Sim, compreendo.
O único problema está em que perderia legibilidade e entendimento... Para além de uma díficil pronunciação.
Neste último aspecto, o Mátria de Natália Correia seria mais adequado, e memorizável.
Pátria, é também logo conotado a correntes de ultra-direita, o que é um problema acrescido...

Paulo Borges disse...

Agrada-me muito a ideia de Frátria como fruto da hierogamia entre a Pátria e a Mátria, o masculino e o feminino, o Céu e a Terra. E na verdade o projecto de uma real Comunidade/União Lusíada/Lusófona é o de uma Frátria, onde todos estejam em plano de igualdade e que daí se estenda ao mundo. Não vejo que haja irredutíveis problemas de entendimento e legibilidade, mais de pronúncia. O que pode ser superado se se falar de Fraternidade (Confraria)Lusíada/Lusófona e pode ter a vantagem de deixar a entranhada noção de Pátria para a designação das comunidades particulares nela federadas, satisfazendo os seus egos nacionais. Enfim, discutamos esta questão do nome, que é importante, sem esquecer a substância do que se vai propor. Hoje acordei a pensar que um bom nome para o movimento que lance esta proposta seria Movimento Alternativa Lusófona, se não parecesse tão MAL... Diriam que queremos levar o MAL ao poder, como se ele já lá não estivesse !...

Paulo Borges disse...

A distinção entre "pátria" e "mátria", em termos de origem celeste e telúrica do ser, já tem entre nós tradição, anterior a Natália: "[...] e se a pátria se derivara da terra, que é a mãe que nos cria, havia-se de chamar mátria, mas chama-se pátria porque se deriva do Pai que nos deu o ser, e está no céu" - Padre António Vieira, "Sermão de Nossa Senhora da Conceição", Sermoens, 6 (ed. princeps), pp.288-289.
É ainda uma visão metafisicamente patriarcal, mas precursora de uma fundamental inovação terminológica.

João Beato disse...

Também já me tinha passado pela cabeça uma "frátria", mas demoveu-me a sua pronúncia atrapalhada... ainda que no fundo a ideia seja mesmo essa, a de uma grande frátria. "Pátria" parece-me difícil de resgatar de todas aquelas conotações que já sabemos. "Mátria" é uma palavra bonita e cheia de sentido, embora diga mais respeito à relação com a Mãe-Terra.

Renato Epifânio disse...

Desde já declaro a minha adesão ao MOVIMENTO ALTERNATIVA LUSÓFONA, desde já me declaro ao serviço do M.A.L... Para o Bem da Pátria!

Renato Epifânio disse...

Caros: não devemos ceder ao medo de podermos eventualmente melindrar alguém. Se vamos por esse caminho, só nos resta o silêncio, porque só o silêncio não corre esse risco... É certo que "União Lusíada" ou o próprio termo "Pátria" podem ter interpretações negativas, bastante negativas até. Mas isso acontece, literalmente, com todas as palavras... O importante é definirmos, claramente, o sentido com que as propomos. E, quanto a isso, lendo o que neste blogue se tem escrito, só por má-fé alguém poderá ainda levantar suspeições...

Rui Martins disse...

Certo... E como dizia Agostinho:
"Será grato aos contrários, mesmo aos que vêm armados da calúnia e da injúria"

João Beato disse...

Também acho que sim. Vão-se usando as palavras, vão-se experimentando, o tempo e o uso hão de ir revelando quais são as mais consistentes.

Ana Margarida Esteves disse...

Vamos entao usar, alternadamente e de modo experimental, os termos "Patria", "Matria" e "Fratria", a ver que tipo de pensamentos e emocoes nos inspiram? Seria interessante ate se alguem escrevesse um artigo sobre estas nocoes para o primeiro numero da revista ... Talvez uma analise sobre a forma como a Natalia Correia os definiu. Ha por ai alguem que tenha convivido de perto com ela?

Desculpem a pessima ortografia, estou a escrever de uim teclado Norte-americano ...

Ana Margarida Esteves disse...

Eu ca preferia algo na linha de "Confraria Lusofona". A sigla M.A.L. pode despertar reaccoes hostis no subconsciente de muitas pessoas, especialmente tendo em conta os fundamentalismos de toda a especie que voltam novamente a levantar cabeca e teimam em demarcar linhas rigidas entre o "Bem" e o "Mal".Tal sigla poderia reduzir e muito o leque de potenciais aliados.

Paulo Borges disse...

Fiquem descansados que MAL foi apenas algo que seduziu o meu lado iconoclasta e provocador, além da eficácia em termos de marketing... Desde o início tive consciência dos seus muitos inconvenientes para um trabalho sério, aberto a todas as sensibilidades.
Pensemos noutras possibilidades: gosto de Confraria Lusófona e CAL (Confraria/Convergência Alternativa Lusófona) podia não ser mau de todo... MIL também soa bem e evoca a abundância, mas tenho algumas reservas perante a "Integração", que para muitos ouvidos pode soar sufocante. Gosto de ALA (Alternativa Lusófona Armilar), que joga bem com a imagem de uma bandeira branca com a esfera armilar, símbolo já não de poder mas de universalidade, embora tenha uma sonoridade um pouco militar (também significa asa, mas não é evidente) e o último termo seja sofisticado. E há também AL (Alternativa Lusófona), simplesmente. Gostava, todavia, de conjugar as noções de Lusofonia e Universalidade... Penso que essa é uma das grandes vertentes desta aposta: não opor a Lusofonia ao quer que seja, mas sugerir ao mundo a sua fundamental irmandade ! Gostaria que neste projecto e no futuro Manifesto, embora mais imediatamente dirigido aos lusófonos, todos os cidadãos do mundo se pudessem reconhecer ! A Lusofonia, enquanto pátria/mátria/frátria alternativa mundial, não se pode trair no lusocentrismo e, a esse respeito, há ainda muito da nossa tradição a depurar e transmudar, desde Camões a Agostinho, passando por Vieira e Pessoa, entre outros ! Por isso, passe a presunção, os vejo mais como precursores do que de melhor sejamos hoje capazes, do que como mestres em absoluto. O Agostinho sempre exortava a que o superássemos: é essa a melhor homenagem que lhe podemos prestar, superando ao mesmo tempo e sobretudo os nossos limites mentais e cordiais.

Ana Margarida Esteves disse...

CAL - Convergência Alternative Lusófona soa óptimo!

Renato Epifânio disse...

A expressão "Convergência Alternativa Lusófona" tem o inconveniente de ser demasiado próxima de "Convergência Lusíada", nome de uma revista já existente (do Real Gabinente Português de Leitura, do Rio de Janeiro). Por mim, não podendo ser "MAL" (não insisto mais...), proporia "MIL", não de "Movimento de integração Lusófona", conforme proposta do "Clavis" (pois que "integração" facilmente desliza para "integracionista/ integralista"), mas de "Movimento Internacional Lusófono" (também não insisto mais com o Lusíada...). A sigla é boa (MIL) e a expressão, apesar de aparentemente redundante, acentua o que queremos: a dimensão internacional, universal, do Movimento... Também me ocorreu, com a mesma sigla, "Movimento de Iniciativa ou Intervenção Lusófona", mas perece-me com menos força... Isto para manter uma boa sigla e os termos "movimento" e "lusófono" que me parecem importantes... Se abdicarmos da sigla, poderá ser também "Movimento da União Lusófona". A Sigla é pavorosa (MUL), e podemos correr o risco de ficar conhecidos como os "mulatos". O que, contudo, dado defendermos um "Pátria mestiça", até não é desadequado... Mas a minha proposta é a de "Movimento Internacional Lusófono".

Antonio de Macedo disse...

Gosto de Frátria, que, como disse o Paulo Borges, é o "fruto da hierogamia entre a Pátria e a Mátria, o masculino e o feminino, o Céu e a Terra." Não é de prolação fácil nem deslizante mas há articulações piores...
Por outro lado, e quanto à sigla, pessoalmente inclino-me para ALMA (e foi nesse sentido que votei), embora a maioria dos votos esteja em MIL. Também não é mau, pela sua conotação milenarista, e aceito esta última sem quaisquer peconceitos. Aliás, reconheço que ALMA poderia criar pruridos em certas almas pouco inclinadas a acreditar nas ditas... Em resumo, MIL parece-me bem - a menos que entretanto venha a surgir uma ideia melhor.