Talvez se possa dizer que Agostinho da Silva e o seu amigo José Aparecido de Oliveira, Embaixador do Brasil em Portugal durante alguns anos e recentemente falecido, foram dois dos principais impulsionadores de um movimento a haver que unisse todos os falantes da Língua Portuguesa. Esse movimento tem hoje tradução em vários sectores do mundo lusófono, instituições sociais e políticas, canais de televisão, jornais, revistas, sítios, blogues, grupos de diálogo.
Portanto, as relações lusófonas que hoje se vão expandindo pelo mundo estão longe de se esgotar na CPLP, embora esta constitua uma das principais referências da comunidade lusófona, lugar onde têm assento todos os Estados que oficializaram a Língua Portuguesa e que funciona como o seu núcleo político.
Como sabemos, a Língua Portuguesa foi instituída em Portugal no século XIII, por D. Dinis. Até chegarmos a este crucial momento, são longas as suas raízes quando recuamos no tempo até à romanização do território, à mitologia lusitana... e fiquemos por aqui.
Paralelamente, à oficialização da Língua Portuguesa, D. Dinis, “o plantador das naus a haver” como lhe chama Fernando Pessoa, institui o Culto Popular do Espírito Santo, funda a Universidade Portuguesa e o Estudo Geral, e dá protecção aos nossos amigos Templários transformando-os na Ordem de Cristo. Ao que parece, estavam criadas as condições que nos permitiram criar inéditas auto-estradas pelo mar.
Como sabemos, a mensagem de Agostinho da Silva passa por aqui. Então, o tal Movimento Lusófono que se pretende criar poderá muito bem ter esta base de referência. Até porque, a Língua Portuguesa e o Culto Popular do Espírito Santo há muito que deixaram de ter exclusividade portuguesa. Mas poderão estas origens ser pacificamente aceites por todos?
Devo confessar que o nome de Movimento Internacional Lusófono (MIL), embora não esteja mal, ainda não me convenceu. Talvez não fosse má ideia abrir possibilidades a outras designações, antes da decisão final.
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
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4 comentários:
"Talvez se possa dizer que Agostinho da Silva e o seu amigo José Aparecido de Oliveira, Embaixador do Brasil em Portugal durante alguns anos e recentemente falecido, foram dois dos principais impulsionadores de um movimento a haver que unisse todos os falantes da Língua Portuguesa. Esse movimento tem hoje tradução em vários sectores do mundo lusófono, instituições sociais e políticas, canais de televisão, jornais, revistas, sítios, blogues, grupos de diálogo."
-> Sendo um dos quais este mesmo...
-> Mas tirando este espaço e um outro que mantenho, não encontro mais ecos nos Media de uma aproximação mais ampla e generalizada entre Portugal e o Brasil, tenho que dizer...
"Portanto, as relações lusófonas que hoje se vão expandindo pelo mundo estão longe de se esgotar na CPLP, embora esta constitua uma das principais referências da comunidade lusófona, lugar onde têm assento todos os Estados que oficializaram a Língua Portuguesa e que funciona como o seu núcleo político."
-> A CPLP é para mim uma imensa desilusão, de efeitos pouco claros, além de alimentar mais um tachos e de servir mais uns nababismos e que me perdoem aqueles que não concordam comigo... Era um projecto tímido e sem ambição, e por isso nunca passou daquilo que é: um germe por germinar.
"Como sabemos, a Língua Portuguesa foi instituída em Portugal no século XIII, por D. Dinis. Até chegarmos a este crucial momento, são longas as suas raízes quando recuamos no tempo até à romanização do território, à mitologia lusitana... e fiquemos por aqui.
Paralelamente, à oficialização da Língua Portuguesa, D. Dinis, “o plantador das naus a haver” como lhe chama Fernando Pessoa, institui o Culto Popular do Espírito Santo, funda a Universidade Portuguesa e o Estudo Geral, e dá protecção aos nossos amigos Templários transformando-os na Ordem de Cristo. Ao que parece, estavam criadas as condições que nos permitiram criar inéditas auto-estradas pelo mar."
-> Dom Dinis, dizia Agostinho houvera sido o melhor monarca português de sempre, ao contrário dos Dom Manueis que se lhe seguiram e que mais não fizeram do que abastardar o projecto universal português e transformar os Descobrimentos na Expansão...
"Como sabemos, a mensagem de Agostinho da Silva passa por aqui. Então, o tal Movimento Lusófono que se pretende criar poderá muito bem ter esta base de referência. Até porque, a Língua Portuguesa e o Culto Popular do Espírito Santo há muito que deixaram de ter exclusividade portuguesa. Mas poderão estas origens ser pacificamente aceites por todos?"
-> O problema do Culto do Espírito Santo é que é identificado na mente da maioria das pessoas (injustamente) com o Catolicismo...
"Devo confessar que o nome de Movimento Internacional Lusófono (MIL), embora não esteja mal, ainda não me convenceu. Talvez não fosse má ideia abrir possibilidades a outras designações, antes da decisão final."
-> De acordo. De todos é (além de Movimento de Integração Lusíada) também o que mais me seduz...
-> E proponho mais uma sondagem, com mais e novas opções desta:
Como se deveria designar um futuro Movimento a criar para potenciar a aplicção das ideias apresentadas na Nova Águia?
Convergência Alternativa Lusófona
(2)
Movimento de Integração Lusófona
(0)
Movimento de Integração Lusíada
(1)
Confraria Alternativa Lusófona
(1)
Alternativa Lusófona Armilar
(0)
Movimento de Iniciativa ou Intervenção Lusófona
(1)
Movimento Internacional Lusófono
(6)
Outro... Qual?
(1)
Total votes: 12
onde curiosamente o "Movimento Internacional Lusófono" já reuniu metade dos 12 votos deitados...
Caros:
A nova sondagem já aí está.
Quanto ao "post", dois comentários:
- A referência ao "espírito santo" (como ao "Quinto Império") é daquelas que "assusta" muito boa gente...
- Por isso, aliás, o meu voto na hipótese MIL: Movimento Internacional Lusófono". É, a meu ver, a proposta mais "neutra", menos "megalómana", por isso a mais facilmente aceitável e partilhável. Para além de acentuar o carácter internacional do Movimento, ou seja, que ele não é apenas português...
Também gosto de MIL (ainda que não seja a minha primeira escolha é certamente a segunda).
E já votei...
Clavis, embora o "movimento internacional lusófono" (não este que nós estamos a criar, embora já esteja quase convencido...)não tenha ganho ainda os ecos desejados existem muitas iniciativas entre a sociedade civil, sobretudo na net, que têm vindo a crescer nas últimas dezenas de meses. Eu próprio já tive contacto com vários grupos de diálogo, revistas digitais, sítios e blogues. Depois a TV por cabo também trouxe alguns canais onde se fala a Língua Portuguesa com vários sotaques - RTP África, TV Globo, entre outras, podendo incluir-se também algumas estações radiofónicas. Em Lisboa, entre 22 de Novembro e 1 de Dezembro decorreu o VII Musidanças, FEstival de Músicas e Artes Lusófonas. Os exemplos têm-se vindo a multiplicar e estamos longe do deserto do final do século passado, onde apesar de tudo apareceu em 96 a CPLP.
Embora a visibilidade da CPLP não exista e constitua um projecto à espera de melhores dias, creio ter sido muito importante a sua criação. É verdade que os políticos tem muitas limitações e é por isso que está na ordem do dia a criação de movimentos cívicos que os possam puxar (mas não só)... eles precisam disso.
Quanto ao Culto do Espírito Santo precisamos de conversar muito mais. Continua demasiadamente oculto e, no país, na medida em que Mestre Agostinho se lhe referia, é coisa de meia dúzia de intelectuais.
Quanto ao MIL, estou na mesma, mas se encontrar novidades lhes direi.
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