Eu sou a Luz que desapareceu sem apagar a lamparina.
Eu sou a Luz, eu sou o Éden.
Eu vou criar mais criaturas dentro das criaturas.
Eu sou, sou o fogo que flagrou os ramos do cipreste.
Eu sou o sangue que escorreu do ferro.
Eu sou a seiva que coloriu de verde o verde,
que descoloriu o verde e alimentou a terra.
Eu sou o que falta na voz da sua fala.
Eu sou o que falta no limo da sua dor.
Eu sou o que falta no sabor da sua saliva.
Eu sou o que sobra na fartura da Lua.
Eu sou o que sobra da fadiga da entrega.
Eu sou o que sobra em tudo que nasceu.
O estranho, o interno, o eterno, o íntimo, o postulado.
Eu sou, eu sou, eu sou, eu sou.
O que não se sabe sou eu.
O que não se entende sou eu.
O que se quer sem saber sou eu.
Eu sou a oculta visão do cego,
o sombrio verbo do mudo,
o pulsar do pulsar de um instante antes da vida.
Eu sou para quem se oferece a ferida.
Eu sou, eu sou, sou eu.
Eu sou o corte do frio.
Sou eu que sou.
Eu sou, eu sou.
De ontem até hoje, de hoje para amanhã sou eu que vou.
Eu que sou o rizo do híperon, sou eu.
O tisne do chipre sou eu.
A gémula do âmago do homúnculo sou eu.
O rípio sou eu.
Quem sou, eu sou.
O icto do buril sou eu.
A semana, a semente, o sémen da semente da semana sou eu.
Sou eu que sou, eu sou.
Do livro A Hermenêutica de Deus e o Código Original, de Halu Gamashi
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
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terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Nova Águia: Imagem para uma autognose de Natal I
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2 comentários:
NICE Blog :)
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