A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Nova Águia: Imagem para uma autognose de Natal II

Rainha das aves, encarnação, substituto ou mensageiro da mais alta divindade uraniana e do fogo celeste – o Sol, que só ela ousa fixar sem queimar os olhos. Símbolo de tamanha importância, que não existe nenhuma narrativa, ou imagem, histórica ou mítica, tanto na nossa civilização quanto em todas as outras, em que a águia não acompanha, ou mesmo não os represente, os maiores deuses e os maiores heróis: é o atributo de Zeus e do Cristo; e, tanto nas pradarias americanas, como na Sibéria, no Japão, na China e na África, xamãs, sacerdotes, adivinhos e, igualmente, reis e chefes guerreiros tomam os seus atributos para participar dos seus poderes.
Para Dionísio, o Areopagita, a figura da águia indica a realeza, a tendência para os cimos, o voo rápido, a agilidade, a prontidão, a engenhosidade para descobrir alimentos fortificantes, o vigor de um olhar lançado livremente, directamente e sem rodeios, para a contemplação dos raios que a generosidade do Sol teárquico multiplica.
É o símbolo da percepção directa da luz intelectiva, da contemplação e, tal como a Fénix, da regeneração espiritual.
É o pássaro-tutelar, o iniciador e o psicopompo, que arrasta consigo a alma do xamã através de espaços invisíveis.
É essencialmente a mensageira da vontade do Altíssimo.

Não obstante, como todo o símbolo, a águia possui também o aspecto nocturno, maléfico ou desastroso; é o exagero da sua coragem, a perversão da sua força, o descomedimento da sua própria exaltação.
No mundo dos sonhos, a águia, como o leão, é um animal real por excelência, que encarna pensamentos elevados, cujo significado é quase sempre positivo. Simboliza a emoção brusca e violenta, a paixão consumidora do espírito. Entretanto, por causa do seu carácter de ave de rapina que carrega as vítimas com as suas garras para conduzi-las a lugares de onde não podem escapar, a águia simboliza também um desejo de poder inflexível e devorador.
Quando aplicada à tradição cristã, essa mesma inversão de imagem conduz do Cristo ao Anticristo: a águia, símbolo de orgulho e opressão, passa a ser, a partir daí, apenas um rapinante cruel que rouba com violência.

Do Dicionário de Símbolos, de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, com algumas passagens editadas e adaptadas

2 comentários:

Anónimo disse...

"(...)Entretanto, por causa do seu carácter de ave de rapina que carrega as vítimas com as suas garras para conduzi-las a lugares de onde não podem escapar, a águia simboliza também um desejo de poder inflexível e devorador.
Quando aplicada à tradição cristã, essa mesma inversão de imagem conduz do Cristo ao Anticristo: a águia, símbolo de orgulho e opressão, passa a ser, a partir daí, apenas um rapinante cruel que rouba com violência."

Talvez seja uma boa razão para o título da revista aparecer entre aspas.

Rui Martins disse...

bem... os símbolos são isso mesmo... multiformes até dizer "basta"... é impossível escolher um signo qualquer que não tenha sempre, algures, uma interpretação negativa, penso eu...