A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

ACERCA DO NOME A DAR A UM FUTURO MOVIMENTO QUE EXPRESSE O IDEÁRIO DA “NOVA ÁGUIA”

A poucas horas do termo da votação não quero deixar de expressar a minha opinião sentida e vivida longe da pátria lusa, no “exílio voluntário” em terras nordestinas do que outrora foi a “Terra de Vera Cruz”. Posso, sem receio, afirmar que nestes quatro anos conheci em boa medida o “Brasil profundo”, contactando com as elites e o povo mais boçal e viajando desde a Foz do Iguaçu até Natal, no Rio Grande do Norte.
Indo directamente ao assunto e sem me preocupar com o “politicamente correcto” que, quanto a mim, não é senão a expressão do medo, não concordo em absoluto com o termo “lusofonia” para expressar tão nobre ideário da revista “Nova Águia”. Na realidade, os países lusófonos e, em particular o Brasil, responsável por cerca de 85% de luso-falantes, muito pouco têm a ver com o ideário luso. O Brasil não se fica pelo caciquismo. A população brasileira, na sua imensa maioria, ignora e está-se nas tintas para o sentimento luso de universalidade e concórdia entre os povos, numa base de profunda espiritualidade. A sua religiosidade é materialista, assente num chocante comércio entre Deus (melhor, seus “representantes”) e os crentes. No Brasil não há “fiéis”. Só “Deus é Fiel”. Não há o mínimo sentido de solidariedade nem de civilidade. O brasileiro nunca poderia fazer um movimento espontâneo de solidariedade em prol de Timor, tal como fizeram os portugueses, que de coração se uniram desinteressadamente, como sempre o fizeram, quando de grandes Causas se tratava. Por tudo isto e por muitas outras razões que aguardarão um próximo artigo, eu não acredito que um ideário, como é o “Ideário Luso”, se possa fundamentar na língua. A língua facilita uma aproximação material, mas não necessariamente espiritual.
Quanto a mim, Portugal e os que com ele se identificam têm muito a dar ao mundo, o que vai de encontro ao ideário da “Nova Águia”. A esse sentimento e a essa dádiva eu chamo LUSITANIDADE, e nunca LUSOFONIA. Foi na Europa que Portugal recebeu os genes que moldaram as suas raízes mais profundas e foi daí que as transmitiu ao Mundo. Portugal é um país europeu virado para o Atlântico. É riquíssimo em história e em valores éticos, morais e espirituais. Portugal é uma ponte entre a Europa e o Mundo. Portugal e todos os que se identificam com os seus ideais de união e de espiritualidade comungam da Lusitanidade.
Por isso, eu não voto em nenhuma das quatro opções dadas. Voto sim na LUSITANIDADE.

Eduardo Amarante
Alagoas – Brasil, 31 de Dezembro de 2007

3 comentários:

Ana Margarida Esteves disse...

A história da "evangelização" do Brasil por missionários pentecostais que prometem prosperidade material a troco do dízimo ainda está por contar ... Uma coisa é certa: Há fortes indícios de que esteve inicialmente ligada a uma estratégia de Guerra Fria ...

Há que ter em conta que o Português que tem fome, é oprimido e ao qual lhe falta uma rede social sólida também tem mais que fazer do que pensar em campanhas de solidariedade ou em transcendentalismos ...

A miséria, falta de instrução, violência e falta de confiança nas instituições leva necessariamente a esse tipo de mentalidade ...

Se não há mais gente em Portugal a praticar o tipo de "espiritualidade" materialista que tanto tem vindo a crescer no Brasil é porque as suas fontes caíram em desgraça cá nas nossa bandas, e o Estado e a proximidade geográfica de familiares e amigos ainda presta um pouco do tipo de apoio que muitos dos nossos "primos" em Terras de Vera Cruz procuram na IURD e Cia...

Rui Martins disse...

Em primeiro lugar há-que bastar as barrigas. Depois, alimentar as mentes. Educar e Qualificar.
Depois, veremos como nessa massa iletrada e ignorante (existe mesmo tal coisa? Alguém será mesmo "ignorante" ou "boçal"? tenho as minhas dúvidas) é ver como nasce um "português de quinhentos"... adormecido apenas por décadas de repressão, fome e falta de sistema de educação dignos desse nome.

João Beato disse...

Caro senhor Eduardo Amarante, julgo que o seu voto eurocêntrico e exclusivamente baseado em preconceitos culturais não tem rigorosamente nada a ver com o espírito universalista com o qual você tanto afirma identificar-se. A sua noção de "lusitanidade" parece-me, francamente, muito pouco lusa.