A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sábado, 17 de outubro de 2009

O DESAFIO DA ANA MARTINS

Publicado em simultâneo às 20 horas com o site http://anamartins.com/
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Partira ainda pequeno, pouco mais de dez réis de gente, de mão dada com o pai, com o infortúnio por traz e a fome pela frente.Para trás das costas deixara os xistos, as couves e o abecedário soletrado pela metade. França, pródiga em liberdades e oportunidade, cravada numa europa distante o suficiente e esquecida deste rectângulo quedo e amordaçado, trouxera-lhe a paz e o desafogo financeiro. Uma vintena de anos depois, seduzido pela saudade servida em doses duplas de nostalgia regressara ao cheiro, ao húmus e ao caldo de infância. Regressara pois, e conhecera mulher e fora pai e trocara a enxada e a talocha pelo fato/gravata da política. Mais por justiça e sede de construir do que por ambição, farto das quezílias em torno de marcos, fontes e estradas para nenhures, desenvolvera um trabalho de esmero e dedicação à causa pública que ofuscava pelo brilho e irritava pela inveja. Sempre se orgulhara de ser diferente “deles”, dos outros, daqueles que floresciam à sombra da causa pública alicercando a ostentação parola na ignomínia e no desvario. Sempre se furtara aos favores, às fugas e às pressões presidindo aos destinos da Câmara Municipal com denodo e honradez. Até que um dia, ao filho, único rebento do casal, fora-lhe diagnostica enfermidade rara para a qual tinham canalizado e esgotado todas as economias. Cego de amor, não resistira e organizara, metodicamente, contabilidade paralela e desviara a quantia suficiente para a operação urgente em Londres. Descoberta a tramóia, tornara-se presa fácil dos abutres que há muito pressionavam e exigiam a construção do aterro sanitário a troco de múltiplas e obscuras vantagens para causa própria. Cedera, mais uma vez… A exposição pública de mácula no cadastro moral seriam dor maior maior que a perda do mandato eleitoral. Perto das oito, minutos antes do anúncio dos resultados, em plena praça pública, os magotes de gente aproximavam-se regozijando e antecipando a vitória.De fatiota cara e vistosa, dois dos investidores acercaram-se com sonoros cumprimentos:- Dê cá um abraço homem, que você é cá dos nossos!!Não contendo um nó seco na garganta , de olhar preso no horizonte marejado de lágrimas enquanto os militantes esfuziavam de alegria com os resultados pela retumbante vitória, não conseguia deixar de pensar:- Sim, agora era um deles…

3 comentários:

José Pires F. disse...

Gostei.
Simples e com mensagem.

Um conto em que muitos, certamente, se reverão.

Abraço.

Unknown disse...

Obrigado! Não tem a força de outros textos, mas tem uma mensagem.

isabel mendes ferreira disse...

a simplicidade é mais que uma arte...é a lupa e a medida do saber ser antes mesmo do ser.


abraço. Luis.