A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Círculos Azuis

Interrompeu-se a ânsia
Interrompeu-se a bonança
Interrompeu-se a luz
Interrompeu-se a treva
Interrompeu-se o fim
Interrompeu-se o meio
Interromperam-se os esgares
Interrompeu-se a manhã
A chuva, os olhos abertos
Com fundos de mundos
E paisagens de luar
Interrompeu-se o fado das ruas
O choramingar miudinho
A água que corre, o inverno
Que morre.
Interrompeu-se a sombra
O clarear e o mar.
Interrompeu-se a misogenia
A loucura e a segurança
A batalha, a paz
E a esperança.
Interrompeu-se a sedução
A voz, o perdão
O inferno, a condenação
Interrompeu-se tudo.
Então digo olá,
E vejo uma fada
Aqui e ali,
Surgem mais fadas,
À medida que te enrolas
No encantamento das palavras.


Babalith


O elemento vital do cristianismo é o paganismo transcendente, que inclui. É o elemento vital porquanto: 1) é aquele que estabelece continuidade com o passado; 2) é aquele que representa um prolongamento do passado, um passo a mais, e não um mero acrescentamento; 3) é aquele que, em todas as ocasiões de reviviscência europeia, nós vemos que surge como símbolo, modo em suma, dessa ressurreição.
Há no elemento pagão do cristianismo duas componentes a notar: o paganismo propriamente dito, e o interiorismo nado do paganismo que se aprofundou.
Chegado a um certo ponto, o paganismo não podia mais progredir objectivisticamente; só subjectivando-se podia continuar.
Ora em que consiste a subjectivização? Em 3 fenómenos:
(1) Na redução dos fenómenos objectivos a simbólicos, desmaterializando-os assim. Não se lhes erra as proporções ou a forma de realidade; dá-se a essa realidade um sentido de eco e não de palavra, não de questão mas de interpretação.
(2) Na atenção dada aos fenómenos subjectivos de modo a dar-lhes, ou a sentir-lhes, uma realidade concreta tão certa como a dos fenómenos objectivos. Isto é, no alargamento da experiência directa pela observação intensiva dos fenómenos do espírito.
Fernando Pessoa

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