No décimo nono número da
NOVA ÁGUIA, começamos por dar destaque a dois eventos promovidos pelo MIL:
Movimento Internacional Lusófono – falamos do Colóquio “Afonso de Albuquerque:
Memória e Materialidade”, que assinalou, da forma descomplexada que nos é
(re)conhecida, os quinhentos anos do seu falecimento, e do IV Congresso da
Cidadania Lusófona, que teve como tema “O Balanço da CPLP: Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa – 20 anos após a sua criação”.
Assim, na secção de abertura,
sobre “O Balanço da CPLP”, começamos com uma reflexão de Miguel Real sobre o futuro
da Lusofonia, dando depois voz aos representantes dos vários países e regiões
do espaço de língua portuguesa que participaram no IV Congresso da Cidadania
Lusófona – finalmente, fechamos com um Balanço do próprio Congresso e com o
Discurso de justificação da entrega do Prémio MIL Personalidade Lusófona a D.
Duarte de Bragança, proferido, na ocasião, por Mendo Castro Henriques. Na
secção seguinte, sobre Afonso de Albuquerque, seleccionámos alguns dos textos
apresentados no referido Colóquio, que decorreu em Dezembro de 2015, na
Biblioteca Nacional de Portugal.
Depois, evocamos mais de uma
dezena e meia de autores, começando por Afonso Botelho – falecido há já vinte
anos e a quem foi dedicado o mais recente Colóquio Luso-Galaico sobre a
Saudade, que decorreu no passado ano – e terminando em Vergílio Ferreira, na
NOVA ÁGUIA já celebrado no número anterior, por ocasião dos cem anos do seu
nascimento. Na secção seguinte, outras temáticas são abordadas – desde logo: “A
Universalidade da Igreja e a vivência do multiculturalismo”, por Adriano
Moreira, e a “Confederação luso-brasileira: uma utopia nos inícios do século XX
(1902-1923)”, por Ernesto Castro Leal.
A seguir, em “Extravoo”, publicamos inéditos
de Agostinho da Silva e de António Telmo e republicamos um conto de Fidelino de
Figueiredo, “No Harém”, precedido de um ensaio de Fabrizio Boscaglia. Por fim,
em “Bibliáguio”, damos destaque a algumas obras promovidas recentemente pelo
MIL – nomeadamente: A “Escola de
São Paulo”, de António Braz Teixeira, Olhares
luso-brasileiros, de Constança Marcondes César, Política
Brasílica, de Joaquim Feliciano de Sousa Nunes, e José Enes: Pensamento e Obra, resultante de um Colóquio promovido
pelo Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, a Universidade dos Açores, a
Universidade Católica Portuguesa e a Casa dos Açores em Lisboa, decorrido em
Outubro de 2015.
Ainda sobre Ariano Suassuna,
autor em destaque no número anterior, publicamos, a abrir este número, uma
ilustração do próprio Ariano oferecida a António Quadros, com uma nota
explicativa que nos foi enviada por Mafalda Ferro, Presidente da Fundação
António Quadros, a quem agradecemos mais este gesto de apoio à NOVA ÁGUIA. De
igual modo, agradecemos também aqui – na pessoa do seu Presidente, Abel de
Lacerda Botelho – todo o apoio que tem sido dado à NOVA ÁGUIA e ao MIL pela
Fundação Lusíada, uma das instituições culturais mais prestigiadas em Portugal,
que comemorou, no dia 12 de Março do
passado ano, no Círculo Eça de Queiroz, em Lisboa, os seus trinta anos de
existência. Os nossos parabéns à Fundação Lusíada.
A Direcção da NOVA ÁGUIA
Post Scriptum: Falecido no dia 4 de Março do corrente ano, dedicamos
este número a Ângelo Alves, Doutorado em Filosofia em 1962, com a tese “O Sistema
Filosófico de Leonardo Coimbra. Idealismo Criacionista", que, na sua
última obra, “A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português
contemporâneo” (2010), escreveu que a NOVA ÁGUIA e o MIL: Movimento
Internacional Lusófono representam o "3º momento alto" da nossa
tradição filosófico-cultural, após o Movimento da Renascença Portuguesa e o
Movimento da Filosofia Portuguesa.