Um livro é novo e é grande quando amplia de um modo radicalmente diferente o tema em estudo. Dito de outro modo, quando abre um rasgão no conhecimento possuído e cristalizado sobre o tema em apreço, revolucionando-o. São livros, mais do que destinados ao leitor individual, destinados à história do pensamento, fazendo acrescer uma nova dobra no horizonte da historiografia cultural. É este o estatuto de Teoria Nova da Saudade, de Pedro Martins.
Do prefácio de Miguel Real
Pedro Martins é um punho seguro, que domina qualquer solavanco, mostrando-se capaz de pôr mão no boleio da frase, organizando-a como um contínuo vivo e ondulante, em que as palavras justas surgem nos lugares certos. O resultado é uma construção sólida, revelando uma mestria e uma finura admiráveis, que mereciam aqui uma nota explicativa. Convenço-me porém que o leitor deste livro sabe do que falo, tão evidente e tão luminoso é o seu opulento edifício discursivo.
Do posfácio de António Cândido Franco