A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

SAVONAROLA NASCEU HÁ 560 ANOS



José Lança-Coelho
         De acordo com os escritos de seu pai, Jerónimo Savonarola nasceu às 23.30 h do dia 21 de Setembro de 1452, em Ferrara, Itália.
         O seu avô Miguel, que emigrou de Pádua para Ferrara, praticava uma espécie de mistura da filosofia de Aristóteles com práticas sanitárias, que constituía a medicina na segunda metade do século XV, o que lhe valeu ser nomeado professor da Universidade e médico da Corte por Nicolau III de Este, Marquês de Ferrara.
         Jerónimo foi desde tenra idade escolhido pelo avô para continuar a sua profissão, daí que, se possa afirmar que não teve infância, passando-a a estudar a Suma Teológica de S. Tomás de Aquino, por cujo espírito e lógica se apaixona, e a meditar sobre textos bíblicos, quando não se encontrava nas igrejas a rezar, chorando copiosamente sobre os pecados do mundo, pedindo o castigo ao seu Deus, que se identifica com o da ira do Antigo Testamento.
         A 24 de Abril de 1475 Savonarola trocava a casa paterna pelo convento de São Domingos, em Bolonha, tornando-se dominicano. De 1475 a 1490, Savonarola vive no convento, sendo ordenado sacerdote.
         No primeiro dia de Agosto de 1490, Savonarola fez a sua primeira pregação no convento de S. Marcos, em Florença, comentando o Apocalipse de S. João.
         Savonarola foi contemporâneo em Florença de Leonardo Da Vinci (muitos historiadores da arte afirmam que Da Vinci retratou Savonarola no seu famoso quadro «A Última Ceia» no rosto de Judas Iscariotes), Boticelli, Donatello e Miguel Ângelo, entre outros.
         Desde o início da sua pregação em Florença, Savonarola ataca o que é mundano, pede penitência, assume-se como profeta e interpreta a seu modo egocentrista o Antigo Testamento. Servindo-se dum radicalismo cristão, que toca as raias do fanatismo, Savonarola amedronta o povo que frequenta a igreja florentina. Ao mesmo tempo, inicia uma fogueira das vaidades, onde queima livros, quadros, mobiliário, tudo o que de acordo com a sua leitura pessoal, não se coaduna com as Escrituras.
         Em 1492, morre Lourenço de Médicis, o Magnífico, e Savonarola apesar de seu adversário, administra-lhe os últimos sacramentos, a pedido do aristocrata. Verifica-se então, uma verdadeira alteração no xadrez político, a que não são alheios: a morte de Inocêncio VIII e a eleição de novo Papa; o temperamento Orsini de Piero de Médicis que se apoderará do Poder florentino e se inclinará para Aragão; o conflito entre os Sforza de Milão, representado na pessoa de Lodovico, o Mouro, e os Aragão de Nápoles, cujo representante é Ferrante; a sede de aventura do rei de França. Este último, Carlos VIII invade Florença e será reconhecido por Savonarola, como um desígnio de Deus – o novo Ciro da sua profecia -, para castigar a luxúria da cidade e servir de elemento primordial para a sua renovação.
         Mais tarde, Savonarola pagará com a vida, este apoio explícito a Carlos VIII, bem como o não aceitamento da excomunhão decretada pelo Papa Alexandre VI. Será assim, torturado, enforcado e, posteriormente, queimado na fogueira, em Florença, a 23 de Setembro de 1498, sendo as suas cinzas espalhadas no Arno.