A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 10 de março de 2013

De Manuel Gandra, sobre a Quinta da Regaleira (conclusão): para a NOVA ÁGUIA 11

A QUINTA DA REGALEIRA
LEGADO SEBÁSTICO-TEMPLARISTA
de ANTÓNIO AUGUSTO CARVALHO MONTEIRO

Foi o carisma de D. Sebastião, acrescido do desejo de sonegar a nação ao usurpador espanhol, que suscitou o advento dos falsos D. Sebastião.
Se, todavia, nos casos protagonizados pelo rei de Penamacor (1584), por Mateus Álvares, rei da Ericeira (1585), e Gabriel de Espinosa, pasteleiro de Madrigal (1594), impostores instigados por terceiros, tudo culminou na execução sumária e inequívoca dos implicados, já não se poderá rotular com idêntico labéu aquele, surgido espontaneamente e encarnado pelo denominado Cavaleiro da Cruz (1598), cujo processo, apesar das numerosas e apressadas opiniões em contrário, nunca teve um desfecho satisfatoriamente dilucidado.
Às suas andanças e tribulações entre Veneza e Sanlucar de Barrameda (Cádis), passando por Florença e Nápoles, à sua substituição por um sósia, o (esse sim) calabrês Marco Túlio Catizone, ao seu exílio em França, no convento agostinho de Limoges, cujo saque, na sequência da Revolução francesa, deu a conhecer uma arca tumular contendo as suas ossadas, identificadas por uma medalha em ouro. A tudo isso prestei a atenção devida em anteriores ocasiões [1].
A detalhada exploração que já empreendi e tenciono prosseguir no que concerne à biblioteca sebástica (manuscrita e impressa) que pertenceu a António Augusto Carvalho Monteiro permite-me garantir, sem hesitações, que, à excepção do epílogo de Limoges (sobre o qual nada consta no acervo), o colecionador possuía as peças-chave susceptíveis de traçar o percurso encoberto do Desejado.
De resto, estou convicto que não só as tinha, como as integrou no seu imaginário, legando-nas no registo plástico da Regaleira, a qual constitui, concomitantemente, um tributo à tradição templarista portuguesa e o testamento-legado espiritual, sebástico e quinto-imperial do seu proprietário.
Onde então se vislumbram na Quinta da Regaleira os sinais a que me reporto?
Ao invés das demais hipóteses hermenêuticas já ensaiadas, as quais são compelidas a ajustar a realidade material às respectivas paralaxes ideológicas [2], a assunção do destino profético de Portugal é inequívoco na obra-prima de Carvalho Monteiro, emergindo do argumento subjacente ao plano-director da Quinta, cuja explanação global reservo para próxima oportunidade.
De momento, apenas me proponho revisitar três dos mais paradigmáticos dos aludidos sinais.

(excerto)


[1] Cf. Manuel J. Gandra, Joaquim de Fiore, Joaquimismo e Esperança Sebástica, Lisboa, 1999 e Hubert Texier, Pesquisas Históricas sobre Sebastião I. de Portugal (Paris, 1903), ou de como o Desejado morreu no exílio, em Limoges, Mafra, 2010.
[2] Cf. Manuel J. Gandra, Colecção Portuguesa I e II da Biblioteca do Congresso – Livros Maçónicos, Mafra, 2012.