A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
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Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Texto que nos chegou...





A CRUZ QUEBRADA

Em Todos os Tempos


J. Jorge Peralta



Sempre me impressionou a visão de uma grande cruz quebrada, em Salvador, Bahia.

Uma grande cruz de granito, quebrada artisticamente, apoiada sobre um pilar, também de granito.

Como está no alto da cidade, ao vê-la, parece que ela se projeta nas águas da Bahia de Todos os Santos, lançando raios de uma luz invisíveis por todo o país.

Marca o lugar do altar-mor da primeira Catedral da Primeira Capital do Brasil.

Foi também a Primeira Igreja Catedral do Brasil – (1549).

Provisoriamente, tivemos a Catedral de Palha, na Igreja Nossa Senhora da Ajuda, bem perto dali, até que se terminasse a construção definitiva.


Consta que era muito, muito bonita a nossa primeira Catedral. Tinha muita história.

Os seus despojos estão no Museu de Arte Sacra, instalado no antigo Convento de Santa Teresa de Ávila, dos Padres Carmelitas.

Ali há muito suor do grande estrategista e missionário sábio, o Padre Manuel da Nóbrega, que também foi fundador de São Paulo.

Aí pregou o Magno Orador Sacro, Pe. Antônio Vieira.

A Catedral foi derrubada, no século XX, para dar passagem aos equipamentos do mundo moderno.

Foi derrubada por um motivo banal: Para dar passagem a uma Avenida.


Ali é o Centro Cívico e Político da Cidade.

Belíssima cidade! Salvador é a cidade sorriso do Brasil.

A cidade das 366 igrejas, como dizia o grande aviador, Gago Coutinho.


Retornemos à Cruz Quebrada.

Um dia de junho de 2007, ao anoitecer, passei ali e fiquei extasiado com o que vi:

O sol começava a se pôr no horizonte, do ouro lado da Baía de Todos os Santos.

Ia se pondo, bem atrás da Cruz Quebrada, deixando nela uma auréola de luz belíssima, quase divina. Parecia que os raios de luz se espargiam da cruz, deixando um grande rasto de luz, nas águas calmas da Baía, e iam se alojar no sol, para iluminar outros mundos, até voltar no dia seguinte, na aurora de novo dia.

Registrei essa minha visão, com minha máquina fotográfica. Fiquei contente pelo achado.


Compartilho essas belas imagens com meus amigos, em Plena Quinta-Feira Santa, pensando no dia de Páscoa e em todos os Tempos.

Não sei se a arte imita a vida ou se a vida imita a arte. Por isso talvez possa dizer que, efetivamente, o trocadilho que fiz acima: Sol-Cruz-Sol, talvez seja real. Apenas ascendendo a outra dimensão. Sonhar é só sonhar? Ou há algo mais?


A Cruz Quebrada, com todo o esplendor que lhe deu o sol, ao anoitecer, dá-nos a verdadeira simbologia da cruz: no meio de tanta ganância, de tanta arrogância, de tanta ignorância, de tanta estupidez, de tanta falcatrua, de tanta crueldade, de tanta injustiça, ainda há esperança, ainda há luz.

Foi-se a Catedral, mas ficou a CRUZ. Quebrada, mas ficou.


O cristianismo trouxe-nos luz, vida, alegria serena e estímulo à ousadia, num mundo tumultuado.

Não vejo porque o cristianismo possa ser olhado como uma filosofia triste. Triste são as bandalheiras que as pessoas gananciosas fazem. Tristes são os que se arrogam donos da fé e das almas que querem subjugar e não libertar. Temos o Caminho.

Mas quem são os guias?! Quem vai apagando as luzes do Caminho?! Quem são os pastores?

Aquela cruz lembra-nos todos os valores humanísticos que o cristianismo tentou implantar no Brasil e pelos quais lutaram tantos heróis.


Amigo,

Haja o que houver, na tempestade ou na bonança, mantenha as mãos ao leme.

Não se descuide. Vá à luta.

Se você não cuidar do seu jardim, nele só crescerá capim.

Cuide das plantas de seu jardim e elas lhe darão belas flores.

Falo do Cristianismo sem jaça, sem interpolações, sem entulho que nela alguns deixaram.

Fiquemos com um pequeno texto de nosso poeta Gonçalves Dias:

“A vida é luta renhida,

viver é lutar.

A vida é combate

que os fracos abate,

que os fortes, os bravos,

só pode exaltar”