A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 11 de abril de 2010

Carta ao Director do "Público" sobre a mentira acerca da Marcha pelos Animais de 10 de Abril




Exmº Sr. Director

Tinha 14 anos em 25 de Abril de 1974 e saí à rua com o mesmo entusiasmo de milhões de portugueses para saudar a restauração das liberdades fundamentais dos cidadãos, entre as quais a liberdade de imprensa. Depois disso desiludi-me com a política convencional, a meu ver demasiado estreita, e dediquei-me sobretudo à docência universitária. Há cerca de um ano faço parte da Comissão Coordenadora do Partido Pelos Animais e foi nessa qualidade que apoiei a Marcha pelos Animais, em 10 de Abril, e que fui entrevistado pelo vosso jornal. Lendo a afirmação do jornalista de que "centenas" de pessoas estiveram presentes, não posso reprimir a minha indignação: como podem "centenas" de pessoas, em filas de cerca de dez, encher completamente o percurso do Saldanha ao Marquês de Pombal, dar a volta a esta Praça e entrar ainda na Rua Braancamp, como muitas fotos e videos documentam? Como pode alguém reduzir a "centenas" as 3000 pessoas que, no mínimo, estiveram presentes?

A minha indignação é tanto maior quando vejo o "Público", cuja qualidade prezo, fazer coro com outros jornais de qualidade muito inferior e ficar atrás dos canais televisivos, que deturparam ligeiramente menos a realidade, falando de "mil" pessoas...

Compreende-se que os órgãos de comunicação social não estejam interessados nos animais, que felizmente não lêem jornais nem vêem televisão, como se compreende que o poder e as forças políticas não se interessem por quem não vota e é apenas vítima passiva e silenciosa de todo o tipo de maus-tratos e abusos. Não se compreende é que os media tenham o despudor de insultar com tamanha mentira o crescente número de cidadãos que se erguem para dar voz a quem não a tem e que colocam a defesa dos direitos dos animais como condição para uma sociedade humana melhor e mais evoluída. Assim o comprova, além dos milhares de pessoas que saíram à rua no dia 10 de Abril, a recente entrega de uma petição contra a criação de uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura, de que sou primeiro subscritor, e que obteve 8200 assinaturas em menos de dois meses.

Sinceramente, Sr. Director, não foi para isto que a liberdade de imprensa foi restaurada em Portugal! Tenho hoje 50 anos e sinto o meu entusiasmo adolescente traído por ver a liberdade de imprensa convertida em liberdade de manipular a opinião pública. Não esperava era ver o "Público" ir tão despudoradamente neste rumo...

Paulo Borges
(Professor na Universidade de Lisboa)

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