A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 7 de março de 2010

A Faculdade de Letras do Porto

De vez em quando sucedem milagres, se Deus os consente e neles se empenham os homens. Num país de ensino rotineiro, com mais interesse pela nota e pela autoridade do catedrático do que respeito pela ciência e liberdade de discernimento pessoal, surgiu a Faculdade de Letras do Porto, que era toda ao contrário, inimiga da burocracia e fosse do que fosse que pudesse lembrar Coimbra e seus malefícios de séculos e incitadora de descoberta própria mais do que de aprendizagem servil, bem longe de ser a escola técnica de profissionais de ensino em que se transformaram as outras.

Em dois grandes grupos se dividia, liderado um por Teixeira Rego, que poderia ter sido bom matemático e físico – ouvi-o propor a teoria da luz de Broglie antes de Broglie – e ensinava filologia, pois ainda se não tornara ciência ou moda ser pedante em linguística, e o fazia com mais gosto para quem o acompanhava na velha livraria Lelo do que para quem, em obediência ao currículo, se matriculara na cadeira; o outro por Leonardo Coimbra, que podia também ter sido matemático e campeão remador, como Rego de ténis, e ensinava filosofia, ou antes, que isso era o certo, vivia filosofia, com muita agudeza e saber, como mestre, e muita angústia e caminhos torcidos, como homem, dando nota boa a quem se interessava e a quem se não interessava pela matéria – tive distinção na turma destes, pois que era o indo-europeu de Teixeira Rego meu pasto favorito –; tudo no Café Majestic, como o filólogo na Lelo.

Agostinho da Silva

excerto retirado de Cadernos de Teoria e Crítica Literária, Faculdade de Filosofia, Araraquara, São Paulo, 4, 1974 – Impresso à parte para cem Amigos

Publicado em:
http://filosofia-extravagante.blogspot.com/2010/03/agostinho-104-anos-depois-7.html