A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Uma visão armilar do mundo

O “internacionalismo”, sinónimo de "cosmopolitismo", como “formula typica das sociedades modernas nas suas relações umas com as outras”, é assim definido por Fernando Pessoa:

“Esta palavra internacionalismo que significa? Que o sentimento nacional decahe, dada a maior necessidade de relacionar-se com o estrangeiro, e dado, também, o golpe que nesse sentimento vibra, por sua natureza, o instincto commercialista; que cada nação, aparte isso, passou a ser mais rica dentro de si própria, passou a resumir em si tudo quanto é typico das outras nações, que a vida de cada cidade da Europa (por exemplo) passou a conter em si elementos typicos da vida de todas as outras cidades, não só da Europa, mas de todo o mundo – isto quer pela presença em todas as colonias de naturaes d’essas outras nações, quer pelas constantes relações commerciaes e intellectuaes com essas, quer pela diaria informação jornalistica, espectacular, cinematographica […]” – Sensacionismo e outros ismos, p.190.

“Assim, cada um de nós nasceu doente de toda esta complexidade. Em cada alma giram os volantes de todas as fabricas do mundo, em cada alma passam todos os comboios do globo, todas as grandes avenidas de todas as grandes cidades acabam em cada uma das nossas almas. Todas as questões sociaes, todas as grandes preocupações politicas, por pouco que com ellas nos preocupemos, entram no nosso organismo psychico, no ar que respiramos psychicamente, passam para o nosso sangue espiritual, passam a ser, inquietamente, nossas como qualquer cousa que seja nossa” – Ibid., p.187.

Textos notáveis, cada vez mais actuais. Uma visão armilar do mundo:

umoutroportugal.blogspot.com

arevistaentre.blogspot.com

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