A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
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domingo, 31 de janeiro de 2010
FERNANDO NAMORA
DA MEMÓRIA…JOSÉ LANÇA-COELHO
A 31 de Janeiro de 1989, faleceu o escritor e médico, Fernando Namora, nascido em Condeixa-a-Nova, a 15 de Abril de 1919.
Após licenciar-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, começou a exercer, primeiro na sua terra natal, e depois na Beira Baixa e no Alentejo. Testemunho desta actividade é o seu livro em dois volumes, Retalhos da Vida de um Médico, 1949-1963.
Estreou-se no universo literário com o livro de poemas Relevos 1938.
Três anos mais tarde, com o seu terceiro livro de poesia – Terra 1941 – deu início à colecção «Novo Cancioneiro», órgão do movimento literário neo-realista.
No campo da prosa, nomeadamente no romance, com o título As Sete Partidas do Mundo 1938, ganhou o Prémio Almeida Garrett.
A sua produção literária é vasta e variada. Assim, além da poesia e do romance, publicou contos, novelas, memórias, narrativas de viagem e biografias romanceadas.
Fernando Namora é dos escritores portugueses contemporâneos mais divulgados em todo o mundo, sendo as seguintes, as suas obras principais:
Casa da Malta 1945; Minas de S. Francisco 1946; Domingo à Tarde 1961; Rio Triste 1982.
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DIÁRIO DO ESCRITOR
“Coimbra, 31 de Janeiro de 1966 – Os limites da angústia não coincidem obrigatoriamente com os limites da liberdade. Mas há terras onde nada impede que essa harmonia se realize, e deve ser bom ter o sentimento de que assim é. Pelo que me diz respeito, parece que morro sem conhecer o gosto de uma tal experiência humana. Aqui, a liberdade tem os limites do nosso corpo, e a angústia os da nossa alma.”
MIGUEL TORGA, Diário X, Coimbra, 1995, p. 979.