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Como todos sabem, o povo brasileiro fala e escreve na “Língua Portuguesa”, assim reza a “ Constituição Brasileira", no entanto, não foi sempre assim, uma vez que, nos primórdios da terra brasileira, muita confusão aconteceu. Porquanto, quando chegaram os navegadores lusitanos, encontraram os famosos “indígenas”, grupos ou tribos esparsas de habitantes, os quais falavam as suas línguas ou dialetos, eram os “tupis” e os “ guaranis” e eles habitavam as florestas ou o litoral e cada um constituía as suas “tabas” e já denominavam os locais de acordo com as suas línguas.
Evidentemente como aconteceu em Portugal, quando da invasão dos romanos e depois dos “mouros”, ali falava-se a língua “celtibera”, uma mistura das línguas celta e ibera, com vários povos, celtas, iberos, lusitanos e termos foram introduzidos pela língua “romana”, o “Latim” e daí derivando para o lusitano arcaico, que com o decorrer do tempo foram os lusitanos também misturando termos dos “mouros”, e começou a surgir o “português arcaico”, derivando mais tarde, já no século 16 para o “português moderno”. Todavia, milhares de termos das línguas Celta, Latina e Moura foram introduzidos na língua e permanecem até os nossos dias.
Aqui no Brasil aconteceu a mesma coisa, chegando a existir então até uma língua já falada em quase todo o litoral do Brasil, a “Língua Geral”, que era uma mistura do português, com os termos da língua “Tupi" e “Guarani",inclusive o próprio padre “Anchieta” fez versos nessa língua. Essa língua que existiu até o princípio do século 18 (1725), foi eliminada da escrita e do falar, por imposição do “Marquês de Pombal”, o qual havia sido nomeado ministro em Portugal e proibiu no Brasil que as pessoas falassem e escrevessem na “Língua Geral”, inclusive, determinou que os “Cartórios” trocassem os registros de vendas e compras de imóveis, e casamentos ou nascimentos da “Língua Geral” pela “Língua Portuguesa” e assim sendo ficou uma língua morta.
Hoje no “Dicionário Brasileiro" da Língua Portuguesa, encontramos milhares de termos "indígenas”, inclusive, “Estados brasileiros” como, Acre, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Roraima, Tocantins, Amapá, Goiás e Paraná, bem como, nomes de rios, como Tietê, Parnaíba, Sapucaí, Tocantins, Paranapanema, Iguaçu, Tamanduatei, e um número infindável de cidades, como exemplo Congonhas, Pirapóra, Araçatuba, Baurú, Guaratinguetá, Guariba, Caruaru, Araguari, Jequié, Paraguaçu, e designações como “cariocas” “fluminenses” nascidos na capital e Estado do Rio de Janeiro, "capixabas” no Estado do Espírito Santo, Piratininga em São Paulo e até na comida muita coisa que hoje saboreamos tem esses nomes, como: paçoca, pipoca e milhares de termos, bem ainda nas “serras” como da Mantiqueira, Tumucumaque, Paçaraima e assim por diante.
Várias reformas da Língua Portuguesa foram feitas, tanto em Portugal como no Brasil, todavia, foi tão somente na ortografia atualizada, como em 1943, 1973 e agora em 2009, no entanto, todas essas designações ficaram eternamente fixadas e no dia comum dos brasileiros todos esses termos ficaram no falar diário e todos eles foram introduzidos no decorrer dos 5 séculos da existência do Brasil formando um cabedal grandioso de termos, todavia, sem que a maravilhosa “Língua Portuguesa” ficasse modificada no sentido geral, para honra e glória do nosso querido e eterno Portugal.
Adriano da Costa Filho
Fonte: http://www.mundolusiada.com.br/COLUNAS/ml_coluna_275.htm
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