"O pensamento político tem como o religioso o grave escolho do dualismo. Mas há para além do pensamento dualista um pensamento unitário, como há para além do ser dicotómico um ser uno. No desenvolvimento da existência do homem singular ou do homem em sociedade se vão estabelecendo distinções entre alma e corpo, espírito e matéria, ideal e real, bem e mal, verdadeiro e falso, sábio e ignorante, governante e governado, nacionalismo e internacionalismo… Mas o homem que em cada uma delas se manifesta não está em qualquer delas inteiramente: assim numa ideia ou num sistema de ideias não está todo o pensamento do homem, assim num acto de amor ou numa vida de amor não está esgotado o amor.
Importa, pois, caminhar para além das opiniões, não por um desejo de que a unidade fosse, mas pela certeza de que existe. O sentimento de sermos implica unidade, mas uma é a unidade que nos é dada com o ser, e esta é obscura, precária, e para manter-se solicita o seu contrário; outra é a unidade pura e inalterável. Para ela a verdadeira vida é incessantemente caminhar, pois por ela tudo existe. Mas não é unidade absorvente, não é qualquer pálida e majestosa uniformidade. Realizamo-la não negando o que somos, mas procurando cada vez mais pura consciência do que tendemos a ser. E assim não há um partir para a unidade suprimindo a diversidade. Mas antes é respeitando a diversidade em que tudo se manifesta, que podemos verdadeiramente afirmar a unidade para que tudo tende"
- José Marinho, "Sociedade e Rebanho", in Ensaios de Aprofundamento e outros textos, Lisboa, INCM, 1995, p.127.
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