
MORTE DE JOÃO VILLARET
Nascido, em Lisboa, a 10 de Maio de 1913, o actor e declamador português JOÃO VILLARET, morreu nesta mesma cidade, a 21 de Janeiro de 1961, vítima de cancro.
Em 1931, com apenas dezoito anos de idade, ingressou no elenco do Teatro Nacional de D. Maria II, logo que terminou o curso de teatro no Conservatório Nacional de Lisboa, estreando-se na peça Leonor Teles, da autoria do escritor Marcelino Mesquita.
Cinco anos mais tarde, fez a sua estreia no cinema, interpretando o papel do rei D. João VI, no filme Bocage, com realização de Leitão de Barros.
Após a 2ª Guerra Mundial, a partir de 1946, ingressou nos ‘Comediantes de Lisboa’, interpretou o papel da personagem principal em diversas peças, cujas mais importantes foram Miss Ba, O Rei, Cadáver Vivo, Bâton, e Esta Noite Choveu Prata.
Também no cinema português, e durante vinte anos, onde contracenou com os grandes vultos nacionais como Vasco Santana, António Silva, deixou uma marca inconfundível em filmes como, Pai Tirano, Camões, Três Espelhos, etc.
JOÃO VILLARET criou um estilo inconfundível de recitação poética que difundiu num programa televisivo entre 1958 e 1960, onde divulgou inúmeros poetas como, o grande Fernando Pessoa, quando a divulgação da obra deste ainda era um tabu e mal vista pelo regime salazarista, e a poesia A Procissão de António Lopes Ribeiro.