A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ANTÓNIO ALÇADA BAPTISTA FUNDA O TEMPO E O MODO


DA MEMÓRIA…JOSÉ LANÇA-COELHO

A 29 de Janeiro de 1963, António Alçada Baptista, nascido na Covilhã a 29 de Janeiro de 1927, funda a revista de cultura O Tempo e o Modo, da qual foi director na sua primeira fase, até 1969.

António Alçada Baptista formou-se em advocacia na Faculdade de Direito de Lisboa. Dedicou-se ao jornalismo, tendo sido director do jornal O Dia, e à difusão cultural através da editora Moraes.

Em 1984 exerceu o cargo de presidente do Instituto Português do Livro.

A sua produção literária é multifacetada, passando pelo ensaio, crónica, memorialismo e narrativa, tendo como característica principal, a tentativa da transformação do homem e da sociedade por imperativo interior de uma forte vinculação à transcendência, sendo a sua obra mais significativa, Peregrinação Interior.

Animado por este espírito, António Alçada Baptista funda a revista de cultura O Tempo e o Modo, com um grupo de estudantes universitários que participavam na «Acção Católica». A revista segue o modelo da Esprit, tornando-se um símbolo da geração de 60.

No dizer de João Bénard da Costa, a grande novidade da revista foi “institucionalizar historicamente o diálogo entre crentes e não-crentes”

Mário Soares, numa homenagem a António Alçada Baptista confessou que, este último, o convidou, e também a Salgado Zenha, para integrarem o quadro de redactores da revista, ao que Soares terá respondido que era agnóstico. Mesmo assim, os redactores da revista foram a votos, tendo, porém, rezado antes da votação um Pai-Nosso.

Após a votação, Soares e Zenha foram admitidos nos quadros da revista.

DIÁRIO DO ESCRITOR

29 de Janeiro de 2009

A PRIMEIRA DESILUSÃO

Logo que soube que ias à festa,

Passei a noite no desatino do ata, desata.

Apesar de jeitoso não me safei,

Sem pedir ajuda para o nó da gravata.

Com a lâmina rapei a pouca barba,

Penteei a trunfa, vesti o domingueiro fato.

E já que por ti pusera a odiada coleira,

Cuspindo, engraxei o bicudo sapato.

Os rapazes levavam altas bebidas,

As meninas comida para os tolos.

Ao meu pai surripiei uma garrafa de whisky,

Para te impressionar comprei uma dúzia de bolos.

Logo que tocou o primeiro slow,

Fui-te buscar para dançar.

Sentir todo o teu corpo no meu,

Foi tão bom que não deu para acreditar.

Disseste ires ao WC no fim do salão,

De mão dada com outro te vi a sair.

Tornaste-te na minha primeira desilusão,

E fizeste-me embebedar até cair.

Os rapazes levavam altas bebidas,

As meninas comidas para tolos.

Ao meu pai surripiei uma garrafa de wihsky,

Para te impressionar comprei uma dúzia de bolos.

JOSÉ LANÇA-COELHO