Fonte:http://www.felicidadeinternabruta.org.br/
FELICIDADE INTERNA BRUTA (FIB) é um indicador sistêmico desenvolvido no Butão, um pequeno país do Himalaia. O conceito nasceu em 1972, elaborado pelo rei butanês Jigme Singya Wangchuck. Desde então, o reino de Butão, com o apoio do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), começou a colocar esse conceito em prática, e atraiu a atenção do resto do mundo com sua nova fórmula para medir o progresso de uma comunidade ou nação. Assim, o cálculo da “riqueza” deve considerar outros aspectos além do desenvolvimento econômico, como a conservação do meio ambiente e a qualidade da vida das pessoas.
FIB é baseado na premissa de que o objetivo principal de uma sociedade não deveria ser somente o crescimento econômico, mas a integração do desenvolvimento material com o psicológico, o cultural e o espiritual – sempre em harmonia com a Terra.
As nove dimensões do FIB são:
1) BEM-ESTAR PSICOLÓGICO
Avalia o grau de satisfação e de otimismo que cada indivíduo tem em relação a sua própria vida. Os indicadores incluem a prevalência de taxas de emoções tanto positivas quanto negativas, e analisam a auto-estima, sensação de competência, estresse, e atividades espirituais.
2) SAÚDE
Mede a eficâcia das políticas de saúde, com critérios como auto-avaliação da saúde, invalidez, padrões de comportamento arriscados, exercício, sono, nutrição, etc.
3) USO DO TEMPO
O uso do tempo é um dos mais significativos fatores na qualidade de vida, especialmente o tempo para lazer e socialização com família e amigos. A gestão equilibrada do tempo é avaliada, incluindo tempo no trânsito, no trabalho, nas atividades educacionais, etc.
4) VITALIDADE COMUNITÁRIA
Foca nos relacionamentos e interações nas comunidades. Examina o nível de confiança, a sensação de pertencimento, a vitalidade dos relacionamentos afetivos, a segurança em casa e na comunidade, a prática de doação e de voluntariado.
5) EDUCAÇÃO
Leva em conta vários fatores como participação em educação formal e informal, competências, envolvimento na educação dos filhos, valores em educação, educação ambiental, etc.
6) CULTURA
Avalia as tradições locais, festivais, valores nucleares, partipação em eventos culturais, oportunidades de desenvolver capacidades artísticas, e discriminação por causa de religião, raça ou gênero.
7) MEIO AMBIENTE
Mede a percepção das cidadãos quanto a qualidade da água, do ar, do solo, e da biodiversidade. Os indicadores incluem acesso a áreas verdes, sistema de coleta de lixo, etc.
8) GOVERNANÇA
Avalia como a população enxerga o governo, a mídia, o judiciário, o sistema eletoral, e a segurança pública, em termos de responsibilidade, honestidade e transparência. Também mede a cidadania e o envolvimento dos cidadãos com as decisões e processos políticos.
9) PADRÃO DE VIDA
Avalia a renda individual e familiar, a segurança financeira, o nível de dívidas, a qualidade das habitações, etc.
Publicado por João Read Beato em:
umoutroportugal.blogspot.com
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4 comentários:
A lição que um pequeno país dos Himalaias dá a todo o mundo!... Isto sim, é fazer história, por mais que as demais nações, para sua desgraça, lhe não sigam o exemplo.
Mais genial criação político-social dos nossos tempos?! Há décadas que, todos os anos, se fazer índices de qualidade de vida a partir de todos esses indicadores. É por isso que neles, em geral, os países nórdicos aparecem sistematicamente à frente. E não é por causa do frio...
Não me parece que os indicadores sejam precisamente os mesmos... De qualquer modo, noto os lugares extremamente baixos que nessas tabelas ocupam as nações lusófonas. Sem sair da Europa, muito temos a aprender com os países nórdicos, nomeadamente na protecção à natureza e aos animais.
Isso é verdade. Os países lusófonos, na sua maioria, nesses índices, estão muito abaixo da média. Daí o muito trabalho que há a fazer...
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