A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Psicologia, Saúde e Doenças

A oralidade é um aspecto fundamental no desenvolvimento humano. Freud desenvolveu uma teoria sobre a organização psicossexual identificando as fases oral, anal, fálica, de latência e genital. A primeira delas, chamada por seu discípulo Karl Abraham de “canibalesca”, tem como base a fantasia de incorporação do outro (protótipo da identificação). Para a psicanalista Melanie Klein, todos temos impulsos destrutivos no começo da vida. A expressão “sádico-oral”, usada por ela, está relacionada ao prazer da sucção, que normalmente é sucedida pelo acto de morder. Se a criança não obtiver gratificação ao sugar, tentará se satisfazer mordendo. O seio (e para ela a imagem da mãe confunde-se com o seio) desperta sentimentos ambíguos: ao mesmo tempo que o ama porque a alimenta e aconchega, também o odeia e inveja porque se afasta e guarda em si todo o leite. Segundo Klein, essas fantasias infantis de destruição e devoração do corpo da mãe são esperadas, mas ao longo do amadurecimento psíquico há oportunidade para elaborá-las, repará-las e sublimá-las (sentimento de culpa).

Adolescentes vegetarianos podem apresentar distúrbios alimentares

Você sabia que pessoas que se dizem vegetarianas, podem apenas sofrer de distúrbios alimentares? Foi o que revelou, recentemente, uma pesquisa realizada na Universidade de Minnesota, EUA, mostrando que o vegetarianismo, declarado por 20% dos jovens norte-americanos, é apenas um problema psicológico.

Durante os estudos, 2.516 jovens com idades entre 15 e 23 anos, tiveram seus hábitos alimentares analisados. Após o acompanhamento, chegou-se a conclusão de que quase um em cada 20 deles, 4,3%, não come carne. Dentre os vegetarianos, dois de cada 10, afirmaram comer verduras e legumes somente para perder peso ou manter o peso atual, sendo que no controle da balança, alguns comem pouco e ainda provocam o vômito. (tirania do super-ego sobre o ego, devido ao sentimento de culpa)

Trazendo para a nossa realidade, no Brasil, também segundo pesquisas, a maioria dos vegetarianos diz ter parado de comer carne por sentir pena dos animais. Aproximadamente 90% desse total são mulheres com menos de 20 anos que, muitas vezes, usam o vegetarianismo para mascarar problemas mais graves.

Essa mistura de "boa" alimentação com debilidade pode ser chamada de ortorexia, porém, ainda não é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OSM).

Para a psicóloga Karolina Pinto, a ortorexia é um possível novo transtorno alimentar e pode ser definida como uma preocupação exagerada com a alimentação saudável. “Ela vem sendo estudada nos últimos tempos e um grupo de pesquisadores, deseja que o problema seja reconhecido oficialmente como transtorno alimentar. Ainda há discussões sobre o tema, já que especialistas defendem não ser um novo distúrbio, mas sim uma variedade da anorexia nervosa, ou até mesmo do espectro obsessivo-compulsivo", explica Karolina Pinto, tutora de psicologia do Portal Educação.

Muitas vezes, a decisão de cortar a carne do prato é tomada sem a opinião de um nutricionista, porque este repreenderia essa atitude. Sendo assim, os jovens têm procurado as informações na internet, o que acaba sendo mais perigoso ainda.


http://www.difundir.com.br/site/c_mostra_release.php?emp=1273&num_release=4531&ori=T




A psicologia utilizada nesta propaganda até pode ser eficaz nas sociedades de supersize. Por exemplo, fiquei surpreendido que possa ser surpresa para o americano médio que "a carne tenha sangue". Mas duvido que por cá, descontando o provincianismo de alguns, conseguisse despertar mais que sorrisos condescendentes.

É certo que a utilização do medo para alterar hábitos de consumo não é novidade. Quando se quer vender antivirais, solta-se uma gripe de aves nos média e o negócio está assegurado. A idéia em transmissão constante é que, para além do nosso sofá, o mundo é um lugar perigoso. Assim, o estilo de vida sedentário, confortável, superalimentado e temente por esta segurança mantém-se receptivo aos pânicos que quisermos engendrar.

A novidade aqui é o uso dessa tática para imposição de um produto (o vegetarianismo) com uma lógica de valores oposta ao sedentarismo. Para o conseguir, foi preciso cuidado onde o medo é aplicado e, sobretudo, balanceá-lo com sentimentos de culpa primários (a proteção das crianças, o conceito de família para os animais, etc.) que não hostilizem o receptor.

Por exemplo, nós sabemos que a gordura de carne e produtos lácteos gordos a mais engordam e aumentam o risco de doenças cardiovasculares. A falta de exercício também. Mas reafirmá-lo seria contraproducente, para além de hostilizar-nos e tornar-nos menos receptivos ao medo. Logo, a mensagem passada é "se não fores vegetariano, ficas gordo e acabas por morrer de enfarte cardíaco". Poder evitar este destino sem sair do sofá é a terra prometida.

Como manipulação brilhante do sentimento de culpa, destaco a razão 4 para ser vegetariano: "porque não deveriamos mentir aos nossos filhos acerca daquilo que comemos". É perfeito: quem mente fica envergonhado; quem não mente descobre-se também mau pai pois é-lhe dito que o normal é esconder esses pormenores traumatizantes. Culpabilizante em dose dupla.

A escolha das imagens também é importante. Como pano de fundo, não se mostra matadouros normais mas uns fragmentos de vídeo descontextualizados e com situações que a lei há muito que já pune. Nada diferente do uso, noutras campanhas, de fotografias de primatas dissecados de há trinta ou quarenta anos atrás.

Claro que nenhum elemento deste spin funciona entre os portugueses, somos demasiado cínicos para cair por tão pouco. Mais difícil ainda seria convencer alguém que em Portugal "peixe também é carne". Aqui, a campanha seria feita pela vergonha, principalmente. Tentando convencer-nos que o modernismo e o progresso são adversos ao arroz de cabidela e que a matança do porco é um acto de bárbaros.

Dorean Paxorales

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