Depois do auge sobre o clima, de uma taxa "de carbono" sobre os
carburantes, que acabou de se tomar em Nova Iorque e antes de ser posta
em prática em França, a Fundação Brigitte Bardot interveio junto do
Presidente Nicolas Sarkozy para pedir a percentagem sobre a criação de
gado cujas repercussões ambientais são das mais preocupantes.
De facto, no seu relatório «a criação de gado também é uma ameaça para o
ambiente», a Organização das Nações Unidas para a alimentação e a
agricultura (FAO) indica que o sector da criação de gado emite gazes
perniciosos que são mais elevados que os produzidos pelos transportes
(todas as categorias incluídas). Por seu lado, o Banco Mundial
demonstrou que, desde 1970, 90% da deflorestação na Amazónia está ligada
às necessidades da indústria da carne, acentuando portanto os efeitos do
aquecimento climático que nos preocupa tanto hoje em dia.
O sector representa, por outro lado, respectivamente 37% de todo o
metano devido às actividades humanas (contribuindo para o aquecimento 23
vezes mais que o CO2), em grande parte produzido pelo sistema digestivo
dos ruminantes, e 64% do amoníaco que contribui para as chuvas ácidas.
A criação de gado é também responsável pelo empobrecimento dos solos e
põe em perigo as reservas naturais de água uma vez que a produção de um
só quilo de carne de vaca necessita de 323 m² de pastagens, 7 a 16
quilos de cereais ou feijões de soja e cerca de 15.500 litros de água!
O sector da criação de gado tem, portanto, uma incidência directa sobre
o aquecimento climático, a poluição dos solos, dos lençóis freáticos, e
representa um terrível desperdício pois perto de um terço dos cereais
produzidos mundialmente destina-se a alimentar animais para a produção
de carne.
Se os países « desenvolvidos » diminuíssem o consumo de carne, seria
possível erradicar a fome que mata perto de seis milhões de crianças
todos os anos.
É por isso que, numa carta em 25 de Setembro dirigida ao Chefe de
Estado, Brigitte Bardot pede ao Presidente para «dar um sentido às
declarações do auge sobre o clima e ser coerente pondo em prática uma
taxa carbono», instaurando um dia vegetariano em todos os
estabelecimentos públicos e convidando os estabelecimentos privados a
fazerem o mesmo, numa medida citadina e responsável.
Para Brigitte Bardot: «Para além destas preocupações ambientais e
humanitárias, recusar o consumo de carne é também o melhor
meio de protestar contra a inumanidade e a barbárie presentes em todo o
lado nas criações de gado, durante o transporte ou no momento do abate
de milhares de animais sacrificados e consumidos todos os anos.»
E conclui : «Já existe o «dia sem automóvel», o «dia sem tabaco», mas
instaurar um dia vegetariano teria repercussões bem mais fortes que
todas as taxas «carbono» juntas e o planeta sentir-se-ía infinitamente
melhor (ele sentir-se-ía ainda bem melhor se esta medida vegetariana
fosse seguida 365 dias por ano)…»
...
É necessário abrir os olhos para esta questão. E já agora vejam o video "Meat the Truth" no Videotube: uma verdade mais do que inconveniente!
O Partido pelos Animais vai lançar em breve a campanha por um dia vegetariano em Portugal.
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
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1 comentário:
Espero que esta informação torne evidente a razão pela qual defender os animais é defender o planeta e o homem... Há uma lei primordial e simples de compreender: chama-se interdependência de todas as coisas. Todos os povos indígenas a compreenderam e compreendem. Só a nossa "inteligência" a ignorou e ignora. Com os resultados que estão à vista.
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