Há hoje quem esteja plenamente convencido de que nasceu mais engenheiro do que homem; como se já estivéssemos naquele tempo de pesadelo em que se fabricariam homens-máquinas de servir máquinas de servir homens-máquinas
Agostinho da Silva
A televisão portuguesa começa com o estado e os seus canais, ainda com o Portugal da ditadura e sob o poder da censura. Um pouco antes da queda da ditadura portuguesa vem a RTP2, e o canal da Madeira, e depois da queda da ditadura portuguesa o dos Açores, todos do estado . Nos anos 90 aparece a SIC e surge a TVI, ambos canais privados.
Agostinho da Silva
A televisão portuguesa começa com o estado e os seus canais, ainda com o Portugal da ditadura e sob o poder da censura. Um pouco antes da queda da ditadura portuguesa vem a RTP2, e o canal da Madeira, e depois da queda da ditadura portuguesa o dos Açores, todos do estado . Nos anos 90 aparece a SIC e surge a TVI, ambos canais privados.
Com o poder que os media, e em especial a televisão, possuem sobre a "realidade", visa pensar no seguinte, e na melhor forma de o contornar:
1) A televisão desperta o apetite dos grupos de interesses políticos ou financeiros alojados no aparelho de Estado ou ciosos de reforçarem a sua capacidade de intervenção no espaço público. A concorrência televisão pública/privada, além de aumentar a pluralidade da informação, encorajando a inovação e a ousadia, também acelerou o concentracionismo e a internacionalização de que a imprensa escrita já vinha sendo objecto.
2) A televisão hertziana não pode estar sujeita ao livre arbítrio dos operadores já que cria hábitos e gera expectativas. No entanto, a prática dos organismos reguladores ou primam pela ineficácia ou dissimulam estratégias censurantes do poder político.
3) No mercado português, exclusões e transformações profundas poderão abalar, a médio-longo prazo, o sistema dos media, em geral, e o audiovisual em particular, onerando o erário público ou alterando o instável equilíbrio entre sector público e sector privado.
4) A relação entre serviço público e televisão pública não está, na maioria dos países europeus, claramente definida. A função de serviço público deverá basear a sua programação na complementaridade e na diferença, de forma a reflectir a diversidade e complexidade do meio social.
5) Havendo coincidência entre «serviço público» e canal público, terá de estabelecer-se sem ambiguidades o regime de financiamento deste.
6) No caso português, no plano dos conteúdos, pouco ou nada separa uma televisão pública como a RTP1 de um canal como a SIC. Em termos de financiamento, a RTP, além de concorrer no mercado publicitário, aufere também verbas do orçamento de Estado a pretexto de um «serviço público».
1 comentário:
Arma de contágio.
Realiza todos os teus sonhos e também os mata... lavagem cerebral de massas.
My Precious TV ;)
Abraço.
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