A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Quem percebe o que Deus quis dizer?

O Guardian convidou um intelectual muçulmano, Ziauddin Sardar, para fazer a sua leitura do Corão num blogue do jornal. Sardar defende que os textos sagrados devem ser lidos à luz da época em que se vive - e diz que o vai fazer sem evitar partes polémicas. No blogue participa também uma não-muçulmana, que tentou ler o Corão e já confessou não ter percebido nada.

Alexandra Prado Coelho
(Newsletter Público)


Quando li esta noticia, tempos atrás, logo me interroguei: “À luz da época em que se vive”?
Creio que é exactamente o contrário daquilo que se deve fazer. A leitura deve sempre ser feita no contexto da sua cultura porque, esta é a única maneira de podermos compreender a mensagem, qualquer mensagem. O texto, qualquer texto, mas neste caso particular em que Deus não escreveu nenhum livro e, o que temos, são interpretações e interpretações de interpretações de parâmetros particularmente dilatados, necessita ser interpretado no contexto da sua cultura pois, uma vez que foi composto há muitos anos e foi transmitido de uma forma mais ou menos fixa, contém agora muita coisa que à primeira vista é obscura, irrelevante ou desconcertante. Isto significa que, os leitores têm tendência para abordar o texto com as pressuposições e preocupações do nosso tempo, e podem incorrer no erro de procurar adaptar o significado do texto de acordo com ele.

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