A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Manifesto pela hegemonia social do galego

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A Galiza vive uma crise da língua própria sem precedentes. À evidente perda do galego na mocidade une-se agora a política das novas elites do Partido Popular governante, decididas a acabar com os tímidos avanços na promoção da língua que o governo bipartido anterior começava a introduzir. Especialmente preocupantes são a eliminação da obrigatoriedade de demonstrar conhecimento de galego escrito para o acesso à função pública (isto é, as trabalhadoras e trabalhadores ao serviço de todos e de todas), e a notável discriminação que se avizinha na presença do galego no sistema educativo público (isto é, coletivo). O Partido Popular, sob a demagogia da "liberdade linguística", parece decidido a instituir o golpe de graça legislativo e político que impossibilite a recuperação da transmissão, dos usos e do prestígio da língua da Galiza. Que, por políticas dirigidas, num breve período histórico praticamente um povo inteiro deixe de transmitir e de utilizar o seu idioma como forma de conduta diária constitui um linguicídio em toda a ordem, que vulnera frontalmente os direitos humanos e cívicos coletivos.Mas a situação não é apenas fruto dum plano improvisado do PP à luz duma contingente vitória eleitoral: é também resultado duma prática de décadas em que a classe política dirigente da Galiza se demitiu da sua responsabilidade histórica de contribuir para a necessária hegemonia social do galego como língua de relações sociais, de referência identitária, e de avanço cultural e material. Como em qualquer sociedade, só esta hegemonia do próprio poderá produzir a integração social num espaço comunicacional comum no nível local, nacional e internacional, imprescindível para imaginarmos e portanto construirmos uma ordem de verdadeira igualdade num âmbito de decisão verdadeiramente soberano.Nós, as pessoas e coletivos abaixo assinantes,
DENUNCIAMOS o plano ultraliberal do Partido Popular e dos poderes económicos e mediáticos dominantes para manterem a língua (isto é, a conduta visível de milhões de pessoas) à mercê do darwinismo social, da lei do mais forte económica e mediáticamente, a língua espanhola;
RECLAMAMOS dos poderes públicos, sujeitos sempre a renderem contas perante a cidadania, o exercício das suas obrigações para a promoção social e institucional do galego e para a eliminação de qualquer discriminação e obstáculo à sua expansão, consolidação e naturalização como língua nacional própria a todos os efeitos;
e CHAMAMOS, na mais firme tradição do galeguismo, a um compromisso comum, horizontal e persistente de toda a cidadania galega pola construção da hegemonia social da nossa língua, a meio da sua transmissão efetiva aos mais novos na vida diária e no ensino, nos seus usos orais e escritos, como o nosso principal instrumento integrador e como o nosso vozeiro internacional no âmbito linguístico e cultural galego-luso-brasileiro de que nunca deixou de fazer parte.

http://www.peticao.com.pt/hegemonia-social-do-galego"

16 comentários:

Sebastião disse...

Interessante... Como é que nunca deixou de fazer parte se nunca lhe pertenceu... Mais um daqueles artigos... É muito complicado lutar pela Lusofonia neste mundo globalizado com propagandas deste género! O esforço conjunto entre a Europa e a América é entre Portugal e o Brasil, nada mais. Os problemas políticos que a Galiza possa eventualmente ter não é da nossa responsabilidade. É um mau princípio a ingerência nos assuntos internos de outro país...

Rogério Maciel disse...

Caríssimos irmãos galegos , é de coração que assino a petição .
Oxalá pudessemos fazer muito mais pela Língua Galaica , nossa língua Mãe .
Com um Abraço , na certeza porém de que , Um Dia , estaremos finalmente reunidos .
É nos momentos de maior treva que a Esperança é maior e que grandes acontecimentos quase miraculosos se manifestam .

Sebastião disse...

Eu não assino essa petição! A hegemonia querida por alguns galegos significa a eliminação de algo, do outro. Ora, se eles são eles mesmos, para quê essa movimentação? Algo está errado nisso! Parece que lutam contra algo ou contra alguém, contra eles mesmos. É estranho... E o que tem a Lusofonia, o Brasil ou Portugal a ver? Nada, absolutamente nada! É só um artifício! Já é habitual neste tipo artigos fazer-se muita prosa e no fim "touché" na Lusofonia, Portugal, Língua Portuguesa. Mas, caros! Não se iludam, nada disso é real. Não amoleçam os corações nem nos imiscuamos nos problemas internos de Espanha...

Renato Epifânio disse...

Caro Maciel

Subscrevo tudo o que disse...

Abraço MIL

AAG News disse...

Concordo com tudo o que disse o sebmellovip e assino por baixo !

Esta petição é que não assinarei.

Luís Cruz Guerreiro

Unknown disse...

Na Galiza ou existirá hegemonia social Galega (que é própria da Galiza) ou Castelhana (invasora). Não se trata de uma situação estática de duas línguas em equilíbrio. Dentro de alguns anos a balança cairá decisivamente para o lado castelhano e o galego passará a memória folclórica.

Se juntarmos a isso a criação do eixo-atlântico, dentro de muito pouco tempo teremos o castelhano a invadir o norte de portugal, coisa que nunca aconteceu em 850 anos!

Ajudar os Galegos Lusófonos é também ajudar de alguma forma a Lusofonia e Portugal. Se não querem ter solidariedade com os galegos, pelo menos tenham solidariedade com vós próprios.

Rui Martins disse...

No mínimo devemos (Portugal) defender a língua galega, porque decorre aqui um fenómeno de aculturação e de genocídio cultural conta um povo e uma nação que soube resistir ao longos dos anos perante proibições, perseguições e colonizações massivas.

Espanha não tem agora as mesmas armas de Franco (prisões, fusilamentos, proibições do uso público do Galego) mas tem armas ainda mais poderosas: a força económica, os subsídios ao castelhano do Estado central e a força da Globalização e do Castelhano como "língua da Globalização".

Queremos esta ao lado dos opressores ou dos oprimidos? A escolha é de cada um de nós.
Queremos alinhar com Castela (esse rolo compressor que tudo anexou na Península, menos Portugal) ou com o Povo de fala lusófona e tão próximo do nosso coração e sentir?

AAG News disse...

A luta dos povos tem de ser feita pelos próprios povos, não nos devemos imiscuir nos assuntos internos de Espanha.

Muito menos devemos apoiar regionalismos que englobem partes de Espanha, neste caso a Galiza, com o norte de Portugal, ou qualquer outras regiões de Espanha como a Extremadura com a nossa Pátria, Portugal.

Estas pseudo-irmandades, apenas levarão ao declínio do que é realmente importante na Lusofonia, a maior e melhor relação entre os atuais países lusófonos e a criação duma identidade comum e de um passaporte comum.

Não se deve abranger a mais regiões ou países, a lusofonia, porque se corre o risco de iberizar e castelhanizar o que é realmente nosso, a língua portuguesa e o mundo que a fala.

Luís Cruz Guerreiro

Iolanda Aldrei disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Iolanda Aldrei disse...

Meus caros,
Como pessoa, filha do mundo, mais ainda que como galega agradeço a boa vontade, o espírito aberto e generoso daqueles que podem ver para além das feridas que armas, políticas, economias e história tornaram decreto e fronteira de falácias.
Mas também acredito que qualquer pessoa que lute pela lusofonia, que tenha olhos de águia para voar, vai nalgum momento achar a num oco do peito a verdade. É questao de tempo e olhar limpo. Por isso fica a esperança naqueles que por enquanto ficam alheios.
Abraço irmao, galego e lusófono para todos e todas.

12 de Agosto de 2009 9:01

Sebastião disse...

Não, os portugueses não têm as vistas curtas nem palas. Os portugueses não estão cá há meia dúzia de anos. Se nos tivéssemos movido como povo seduzido já cá não estaríamos. A Lusofonia já está construída e à custa de muito sangue, suor e lágrimas e deve ser com os povos da Lusofonia, os que conviveram durante 500 anos que devemos ficar. Não acham estranho que em tão poucos dias muitas vozes e artigos da Galiza, Espanha que nem sequer fala Português, nem pertence à CPLP ou Lusofonia tenham sido publicados? em breve toda a Águia será uma enchente dessa propaganda. Creiam em mim! Portugal nada tem a aprender com autonomias espanholas. Cada um que se saiba colocar no seu devido lugar. É verdade, as fronteiras portugueses são as mais antigas do mundo, não são falácia nem algo a menosprezar. E não estou errado porque sou português e não tenho papas na língua nem tolerarei nunca que alguém de fora me venha ensinar o que é Portugal ou a Lusofonia, porque ninguém melhor do que nós sabemos o que isso é e o que custou aos nossos avós. Esses senhores da Galiza desprezam porque simplesmente não o sentem.

AAG News disse...

Sebastião de Melo é verdade o que diz, a Galiza, por mais que se goste de muitos Galegos e dessa região de Espanha, que acho particularmente bonita, não pode ser nunca parte da Lusofonia que construimos e continuamos a construir nos países da CPLP.

Não se pode abranger em mapas cor-de-rosa ibéricos, coisas e identidades distintas e ambas respeitáveis, Portugal e Espanha, mas realidades históricas antagónicas e opostas.

A Galiza sempre foi território de Espanha e mesmo que venha a ser independente o que não acredito, nunca se deveria unir a Portugal e ser uma república ou monarquia independente, como o quiserem fazer, isso é lá com eles.

Portugal não pode ser nunca dividido em regiões que facilitem este tipo de internacionalização.

Renato Epifânio disse...

Cara Iolanda

Belas palavras!

Abraço MIL

Rogério Maciel disse...

Sem polémica ( pois , só existe polémica quando não existe certeza ... ) , faço minhas as palavras do Renato , com um sentimento de profunda união ...

PortuGalizando !

PoruGaliza Amigo , PortuGaliza !

Iolanda Aldrei disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Iolanda Aldrei disse...

Renato, Macieluxcitânia. Um grande abraço.
Sebmellovip, AAG News, a história nem nasceu ontem nem responde às políticas institucionais de cada momento. A Lusofonia não nasceu há quinhentos anos, isso teria sido muito triste. Uma língua não nasce com conquistas, mas com amor, e assim foi há mais de mil anos nestas terras galaico-portuguesas, berço de todos e todas as que dizem as palavras nossas e levam a própria saudade no peito.
A Galiza é uma autonomia da Espanha, Portugal na época dos Filipes nem autonomia era, mas não por isso deixou de ser Portugal... Aquele reino que brotara com um filho a renegar da mãe e avançar. Foi o futuro que a Sul do Minho começou, mas nem por isso a mãe renegou do filho.
Na Galiza nunca os mapas foram cor de rosa, tingiram-se de linhas pretas, cor mentira, onde sabemos que apenas o azul corre, água de vida pura.
Sempre houve galegos e galegas que ficaram como o Bandarra na terra, na língua, no abraço a um povo além Minho que é mesma raiz.
É apenas conhecer, para além das bonitas paisagens, uma história nem tão bonita, mas real. Há que olhar para além dos pavimentos a terra pura da que nascemos e na que estamos, não agora... desde sempre.
E sei que os senhores podem fazer. As portas ficam abertas para quem deseje entrar, para além da política do medo e do medo aos políticos. Os grandes dirigentes têm sido também grandes intelectuais que souberam defender a cultura como base do discurso para consolidar a felicidade dos povos. Isso é o que desejamos, felicidade, quem perde a liberdade, a identidade, a alma, nunca pode ser feliz.
É simples... fontes para beber conhecemento sobram, o mesmo Agostinho da Silva tem enunciado com grande sabedoria os factos. Verdade é que a Galiza não foi sempre parte da Espanha, mas Portugal sim foi parte da Galiza. Também é verdade que a língua que partilham Portugal, Brasil, os irmãos da África, do Timor... aqui nasceu para viver numa língua mesma.
É possível que a Galiza perca essa identidade e deixe de ser, que passe a fazer apenas parte da Espanha como região verde e bonita... mas somos muitos e muitas os que ao longo de muitos séculos trabalhamos, amamos, escrevemos, estudamos, sonhamos e vivemos para que assim não seja, para que não vegetemos o resto dos nossos tempos com o único espírito da saudades de nós!
Sentir, sentimos. Ocupar nem desejamos mais que o espaço próprio. Reivindicar, reivindicamos. E usamos asas para voar, para ter vista de águia, pés no chão. Res Galaica. Jeitinhos de mundo.