A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 26 de julho de 2009

QUANDO EU MORRER (Poema de Silas Correa Leite)

Silas Corrêa Leite, na TV Cultura de São Paulo, após gravar o Programa "Provocações" de Antonio Abujamra, Foto Rosangela Siva


Quando eu Morrer


Quando eu morrer, se quiserem saber da minha vida
Digam que ao escrever poemas eu regurgitei
Tudo o que de ruim e doloroso recebi de herança ao nascer.
O dia em que nasci foi o de deixar um outro mundo
E concebido nove meses antes de habitar a terra
Com a pior poluição do planeta, os chamados seres humanos.

Quando eu morrer, leiam meus poemas e me esqueçam
Eu fui muito mais o que escrevi do que eu mesmo
Cada lágrima, vagido, horror ou neura deixei em palavras
Minha mãe foi a solidão e meu pai foi um acordeom vermelho
A vida é só tristeza e eu nunca me coube direito em mim
Escrever foi a homeopatia que me salvou de ser hu mano.

Se eu quisesse a lua certamente me dariam o inferno
Se eu sonhasse castanhas assadas me dariam cianureto
Nas humilhações fui enfezado e isso mexeu com meus motores.
Capturei imagens, fugi no letral, habitei o mundo-sombra
Despossuí-me de mim para ser o sentidor, o louco varrido
A vida não me deu limões mas fiz limonadas de lágrimas.

Hoje eu olho tudo o que sou e tudo o que tenho como fruto
De mágoas, ojerizas, lamentos e decomposições do Eu de mim
E tenho medo, muito medo; um quase humano insatisfeito
Com meu destino trágico, as portas sensoriais abertas, e ainda
Os fantasmas que me nutriram e que se alimentam do meu ódio
E me parecendo com algum humano fujo dos cacos de espe lhos.


Silas Correa Leite - E-mail: poesilas@terra.com.br


Santa Itararé das Letras, São Paulo, Brasil

Autor de Porta-Lapsos, Poemas


Blogue premiado do UOL: www.campodetrigocomcorvos.zip.net


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