A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Enquanto estamos a dormir…

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Miguel Copetto, Investigador da Universidade Autónoma de Lisboa

Enquanto Portugal continua a dormir, os restantes países apostam em estratégias para promoção da língua.
Exceptuando raras ocasiões, Portugal, ao longo da sua história, tem sido um país que evidencia dois traços dominantes: elevada dependência com o exterior e enorme dificuldade em implementar estratégias.
Um dos expoentes nacionais é a língua portuguesa. Com mais de 260 milhões de falantes é, como língua nativa, a quinta mais falada do mundo e tem estatuto oficial na União Europeia, no Mercosul e na União Africana. Contudo, apesar destes dados, desconhece-se a estratégia nacional para a promoção da língua e cultura portuguesa. O debate sobre o (des)acordo ortográfico ficou longe da seriedade exigível. A RTP Internacional apresenta conteúdos decepcionantes e transmite a imagem de um Portugal rural e provinciano. O Ministério da Cultura tem um orçamento inferior a um por cento do Orçamento do Estado, impedindo uma verdadeira promoção e difusão internacional da Cultura Portuguesa e a acção do Instituto Camões é manifestamente insuficiente, tal como neste âmbito a do Ministério da Educação.
Se existisse uma estratégia nacional, todos os actores saberiam qual o seu papel e desenvolveriam esforços (concertados) na promoção da língua e cultura portuguesa mas, como isso não acontece, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) não desenvolve qualquer acção conhecida neste sentido. Antes pelo contrário. Dois exemplos recentes são, infelizmente, elucidativos:

1. No mês passado, a cidade de Los Angeles recebeu a maior exposição anual do ensino superior. Num gigantesco espaço conviviam, lado a lado, enormes pavilhões nacionais com universidades isoladas dos mais diferentes países.
A ausência de Portugal e de instituições portuguesas contrastou com as representações de todos os restantes países da União Europeia, inclusive do Leste europeu. Só Espanha tinha dois corredores onde apresentava as suas universidades, demonstrando (estrategicamente) uma vocação universal e orgulho pela língua e cultura espanhola. O resultado desta falta de visão do Governo português e da confrangedora ausência de estratégia para a língua de Camões foi verificar serem as universidades brasileiras quem "vendem", com nítido sucesso, cursos de língua e cultura portuguesa para estrangeiros.

2. O Quadro de Qualificações para o Ensino Superior é um documento nacional, elaborado pelo MCTES, que foi agora apresentado e analisado com os principais parceiros sociais. Estranhamente, apesar de estarmos em Portugal, o documento é apresentado em inglês e obrigatoriamente discutido naquela língua estrangeira. Verdade seja dita que este tipo de atitude do MCTES não constitui novidade, já o Relatório da OCDE que procedeu à análise do ensino superior, bem como o Relatório da ENQA que fez a avaliação do sistema da garantia da qualidade do sistema de ensino superior português, também foram apresentados e discutidos em inglês. Naturalmente que não está em causa o domínio da língua inglesa para debater estes assuntos, mas sim o servilismo provinciano perante um idioma estrangeiro e a necessidade que documentos estruturantes sejam divulgados e conhecidos pelo maior número possível de pessoas.
Enquanto Portugal continua a dormir, entretido com jogos de "lana caprina", os restantes países demonstram ter estratégias nacionais, nomeadamente para o desenvolvimento e promoção da sua língua, história e cultura.

http://economico.sapo.pt/noticias/enquanto-estamos-a-dormir_14006.html

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