A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 7 de julho de 2009

Caritas in Veritate

Sua Santidade o Papa Bento XVI publicou hoje um importantíssimo documento, Caritas in Veritate (o Amor na Verdade): a redefinição do pensamento social da Igreja Católica, em tempo de crise financeira global e de estilhaçamento globalizante do mundo. Em tempo de vazio e de esvaziamento do Amor, rosto e palavra da Verdade.

Deixo aqui a versão integral em língua portuguesa, quanto mais não seja para comparar com as "notícias" do tipo "Papa defende Governo Mundial" que para gáudio dos néscios já vão aparecendo nos jornais e na internet...

E -. embora não seja, de todo, dos mais importantes - deixo aqui este parágrafo, à meditação dos que buscam um sentido no projecto da lusofonia. Sejam ou não cristãos católicos, e principalmente - claro - se o não forem.

"[no tempo de Paulo VI] as culturas apresentavam-se bastante bem definidas e tinham maiores possibilidades para se defender das tentativas de homogeneização cultural. Hoje, cresceram notavelmente as possibilidades de interacção das culturas, dando espaço a novas perspectivas de diálogo intercultural; um diálogo que, para ser eficaz, deve ter como ponto de partida uma profunda noção da específica identidade dos vários interlocutores. No entanto, não se deve descurar o facto de que esta aumentada transacção de intercâmbios culturais traz consigo, actualmente, um duplo perigo. Em primeiro lugar, nota-se um ecletismo cultural assumido muitas vezes sem discernimento: as culturas são simplesmente postas lado a lado e vistas como substancialmente equivalentes e intercambiáveis umas com as outras. Isto favorece a cedência a um relativismo que não ajuda ao verdadeiro diálogo intercultural; no plano social, o relativismo cultural faz com que os grupos culturais se juntem ou convivam, mas separados, sem autêntico diálogo e, consequentemente, sem verdadeira integração. Depois, temos o perigo oposto que é constituído pelo nivelamento cultural e a homogeneização dos comportamentos e estilos de vida. Assim perde-se o significado profundo da cultura das diversas nações, das tradições dos vários povos, no âmbito das quais a pessoa se confronta com as questões fundamentais da existência. Ecletismo e nivelamento cultural convergem no facto de separar a cultura da natureza humana. Assim, as culturas deixam de saber encontrar a sua medida numa natureza que as transcende, acabando por reduzir o homem a simples dado cultural. Quando isto acontece, a humanidade corre novos perigos de servidão e manipulação."

7 comentários:

Renato Epifânio disse...

A Igreja tem tão má imprensa que isso até me desperta alguma compaixão. Sem ironia...

Quanto ao parágrafo, o conceito chave é o de "natureza humana". O resto é relativamente pacífico. E pertinente.

Casimiro Ceivães disse...

E essa má imprensa (péssima) é um sinal curioso para quem ande atento :)

As cinquenta páginas da encíclica são tão pacíficas que até faz impressão.

A verdade raras vezes é sofisticada (concepções religiosas à parte, e sem ironia...)

Rasputine disse...

Há uma "natureza humana"? O que é a "humanidade"?

Casimiro Ceivães disse...

A maneira mais rápida de o entender não passa pela verbalização; é ver a pintura atribuída a Nuno Gonçalves, conhecida por "Ecce Homo" :)

Paulo Borges disse...

É um grande quadro, mas prefiro o Cristo glorioso. Ou acima de tudo aquele Cristo de um texto gnóstico que, sentado em cima da cruz, se ria dos que por ele choravam, tomando por real a sua aparência mortal. Ou ainda o Cristo de Pascoaes, na segunda parte do "Duplo Passeio", que ridiculariza os seus devotos... Isso é para mim Cristianismo. Perante isso, lamento dizer que textos como os que reproduz não me dizem nada...

Casimiro Ceivães disse...

Bem, se todos nós se exaltassem com os mesmos textos - que tédio.

Oestrímnia disse...

O Papa é Papado.