A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
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Donde vimos, para onde vamos...

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sábado, 13 de junho de 2009

Português cada vez mais falado nas zonas urbanas de Moçambique

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Em Moçambique, o número de falantes da língua portuguesa está a crescer nas áreas urbanas, sobretudo na população jovem residente de Maputo, mas o português falado no país “ganha” sotaques das várias línguas locais.


Por Manuel Matola
da Agência Lusa

Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Moçambique indicam que o português é falado por 40 por cento da população moçambicana, estimada em 20,3 milhões de habitantes, usado em casa por nove por cento e reconhecido como língua materna por 6,5 por cento.

“Noventa por cento dos que têm a língua portuguesa como língua materna vivem em meio urbano”, num país onde 80 por cento reside nas zonas rurais, áreas onde, aliás, “há pouca motivação e poucas situações em que é necessário usar o português”, considera Perpétua Gonçalves na obra intitulada “Português de Moçambique: uma variedade em Formação”.

Segundo a docente da Universidade Eduardo Mondlane, de Maputo, “o número de falantes diminui consideravelmente” nas zonas rurais.

Moçambique possui 23 línguas de origem bantu, usadas nas 11 províncias do país, mas nenhuma das línguas autóctones cobre todo o território nacional.

Na cidade de Maputo, com um universo populacional de aproximadamente 960 mil habitantes, mais de 412 mil pessoas têm o português como língua materna, contra as 302 mil que usam o xichangana e 93 mil que têm o xironga como língua materna.

Segundo o INE de Moçambique, o número de falantes de português na capital moçambicana é notório entre crianças dos cinco aos nove anos (85.603), mas os residentes de Maputo que estão na faixa etária entre os 35 e 39 anos são os que menos dominam a língua portuguesa: 16 mil.

Calane da Silva, professor da faculdade de língua portuguesa na Universidade Pedagógica, disse à agência Lusa ser “natural” que o número de falantes do português cresça, justificando com o facto de a língua ser uma instituição que segue um “processo dinâmico”.

O professor apontou ainda a "evolução" da língua portuguesa como resultado da aposta do Estado moçambicano que, logo após a independência do país, em 1975, “adoptou o português como língua oficial da administração pública e da educação”.

“É natural essa evolução (…). Após a independência, muitas famílias começaram a ensinar os seus filhos a língua portuguesa, e (hoje) falam preferencialmente em português, por considerarem que os filhos estarão mais apetrechados em competência linguística na escola”, disse Calane da Silva.

“Dentro das línguas faladas em Moçambique, o português faz parte deste mosaico e está a consolidar-se”, aliás, “vai consolidar-se ainda mais porque continua a ter o estatuto de língua da administração pública e da educação”, acrescentou o docente.

Contudo, “um aspecto evidente que dá um carácter único ao português falado em Moçambique é a variação do sotaque, que muitas vezes surge em conexão com uma transferência de propriedades das línguas autóctones”, segundo indica Gregório Firmino, no seu estudo sobre “a Situação do Português no contexto Multilingue de Moçambique”.

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