O avião venezuelano apreendido por ter transportado droga para a Guiné -Bissau
24 Junho 2009
A guerrilha colombiana está envolvida no narcotráfico na Guiné-Bissau, denunciaram terça-feira em Washington responsáveis norte-americanos, durante uma audiência na Comissão de Negócios Estrangeiros do Senado dos Estados Unidos.
Durante a audiência diversos peritos afirmaram haver a necessidade dos países europeus darem uma maior contribuição ao combate a esse tráfico.
Michael Braun, que até recentemente foi director de operações da Agência de Combate à Droga (DEA), disse que a Europa "está à beira de uma catástrofe de abuso e tráfico de drogas semelhante àquela que os Estados Unidos sofreram há 30 anos atrás".
Braun e outros peritos que compareceram perante a Comissão disseram que a situação se deverá deteriorar.
Os riscos de traficar cocaína para Europa são agora menores do que para os Estados Unidos, os lucros maiores e a procura futura deverá aumentar, acrescentaram.
"A Europa tem que assumir as suas responsabilidades e fazer muito mais", disse Braun.
O actual chefe de operações da DEA, Thomas Harrigan, disse que "traficantes colombianos e venezuelanos" estão "enraizados" na África ocidental" e cultivaram relações de longo prazo com redes criminosas africanas para facilitar as suas actividades na região.
"O aumento significativo do tráfico de cocaína da América do Sul para a Europa, através de rotas estabelecidas em África, representa uma ameaça não apenas para a Europa mas também para os Estados Unidos", considerou Harrigan.
Este operacional da luta contra a droga disse estarem actualmente em curso diversas operações conjuntas com entidades policiais europeias mas recusou-se a dar pormenores em público.
Tanto Harrigan como Braun e ainda Douglas Farah, um especialista do Centro de Avaliação e Estratégia, referiram a crescente presença de elementos das Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia, FARC, em países africanos, incluindo a Guiné-Bissau para "facilitar" o tráfico de drogas.
No que diz respeito a países africanos que têm demonstrado vontade em combater o tráfico de drogas, Harrigan mencionou Cabo Verde como exemplo de um país africano que colocou meios em acção para combater o tráfico de drogas e onde, acima de tudo, há "vontade política" em combater esse tráfico.
O sub-secretário de Estado para África Johnnie Carson descreveu Cabo Verde como tendo um "vasto potencial" para se tornar num "parceiro transatlântico em actividades regionais de interdição, numa plataforma para colheita de informação e como mediador de diálogo com a Guiné-Bissau".
Carson elogiou ainda Cabo Verde pela sua "democracia estável" e pelo "sucesso" em reduzir o tráfico de drogas da América Latina.
"Aumentar os nossos conhecimentos e capacidade de seguir o contrabando transatlântico e desenvolver uma capacidade regional através de parceiros de confiança como Cabo Verde e o seu governo poderá ser um dos esforços mais produtivos e de menor custo de um plano integrado (de combate ao tráfico de drogas)", concluiu Carson.
JP.
24 Junho 2009
A guerrilha colombiana está envolvida no narcotráfico na Guiné-Bissau, denunciaram terça-feira em Washington responsáveis norte-americanos, durante uma audiência na Comissão de Negócios Estrangeiros do Senado dos Estados Unidos.
Durante a audiência diversos peritos afirmaram haver a necessidade dos países europeus darem uma maior contribuição ao combate a esse tráfico.
Michael Braun, que até recentemente foi director de operações da Agência de Combate à Droga (DEA), disse que a Europa "está à beira de uma catástrofe de abuso e tráfico de drogas semelhante àquela que os Estados Unidos sofreram há 30 anos atrás".
Braun e outros peritos que compareceram perante a Comissão disseram que a situação se deverá deteriorar.
Os riscos de traficar cocaína para Europa são agora menores do que para os Estados Unidos, os lucros maiores e a procura futura deverá aumentar, acrescentaram.
"A Europa tem que assumir as suas responsabilidades e fazer muito mais", disse Braun.
O actual chefe de operações da DEA, Thomas Harrigan, disse que "traficantes colombianos e venezuelanos" estão "enraizados" na África ocidental" e cultivaram relações de longo prazo com redes criminosas africanas para facilitar as suas actividades na região.
"O aumento significativo do tráfico de cocaína da América do Sul para a Europa, através de rotas estabelecidas em África, representa uma ameaça não apenas para a Europa mas também para os Estados Unidos", considerou Harrigan.
Este operacional da luta contra a droga disse estarem actualmente em curso diversas operações conjuntas com entidades policiais europeias mas recusou-se a dar pormenores em público.
Tanto Harrigan como Braun e ainda Douglas Farah, um especialista do Centro de Avaliação e Estratégia, referiram a crescente presença de elementos das Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia, FARC, em países africanos, incluindo a Guiné-Bissau para "facilitar" o tráfico de drogas.
No que diz respeito a países africanos que têm demonstrado vontade em combater o tráfico de drogas, Harrigan mencionou Cabo Verde como exemplo de um país africano que colocou meios em acção para combater o tráfico de drogas e onde, acima de tudo, há "vontade política" em combater esse tráfico.
O sub-secretário de Estado para África Johnnie Carson descreveu Cabo Verde como tendo um "vasto potencial" para se tornar num "parceiro transatlântico em actividades regionais de interdição, numa plataforma para colheita de informação e como mediador de diálogo com a Guiné-Bissau".
Carson elogiou ainda Cabo Verde pela sua "democracia estável" e pelo "sucesso" em reduzir o tráfico de drogas da América Latina.
"Aumentar os nossos conhecimentos e capacidade de seguir o contrabando transatlântico e desenvolver uma capacidade regional através de parceiros de confiança como Cabo Verde e o seu governo poderá ser um dos esforços mais produtivos e de menor custo de um plano integrado (de combate ao tráfico de drogas)", concluiu Carson.
JP.
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