A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
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domingo, 14 de junho de 2009
D. Sebastião, no seu triplo carácter de Rei…
D. Sebastião, no seu triplo carácter de Rei (isto é, Rei Nacional), de Desejado e de Encoberto.
Estamos na Era do Desejado.
Finalmente vem o Encoberto. É este o nome de Osíris, cujos membros dispersos — as diferentes religiões — serão então reunidos, extinta a Igreja de Roma, na verdadeira Igreja Católica, na religião, por fim, universal.
E então se poderá ver o que o iniciado de Patmos chamou «um céu novo e uma terra nova.»
Fernando Pessoa
Pessoa Inédito, Orientação, coordenação e prefácio de Teresa Rita Lopes, Lisboa: Livros Horizonte, 1993, pag. 100.
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18 comentários:
Acontece que, o tal génio a que depreciativamente alguns se referem (poucos, muito poucos), falava inúmeras vezes. Talvez por isso, há quem diga e eu concordo, que Pessoa marcou a primeira metade do século passado, tendo a segunda o cunho de Agostinho.
O problema, como sempre, está na leitura que se faz.
D. Sebastião converteu-se para Pessoa no símbolo da autosuperação de Portugal. A questão é que Portugal não é uma consciência individual, que se possa superar pelo acesso à universalidade. Esse é um processo dos indivíduos, não das nações.
Para ser honesta acho de comprensão difícil este tipo de textos mas lá que ficou bem com o video...=)
Ariana, este é um texto que, por paradoxal que pareça, fala do Sebastianismo renascente que reflectia a expectativa que se vivia no Portugal de então.
Mas ninguém melhor para o explicar que o Paulo Borges ou até o Renato. São dois estudiosos do Poeta, autoridades?
Caro Pires,
Não sou autoridade em nada, apenas aprendiz em tudo. Pela leitura que faço dos textos de Pessoa, o Encoberto já não é D. Sebastião, mas o íntimo de cada um de nós, o incriado que nos habita disfarçado nas nossas múltiplas e fictícias identidades pessoais e só parcialmente revelado nas diferentes religiões. O seu desencobrimento é o despertar da consciência, que verá então tudo sob o signo da unidade e da eternidade, o Apocalipse anunciado a e por São João: o ver-se tudo como é a cada instante, sempre novo, sem memória do passado nem desejo de futuro.
É disto, o fim da saudade, que há saudade.
Em convergência com o que disse o Paulo, destaco a obra de José Marinho: "Nova Interpretação do Sebastianismo" (INCM): aqui, D. Sebastião simboliza, sobretudo, o nosso “ser autêntico”.
Caro João de Castro Nunes
Todos os autores de "posts" podem apagar os comentários dos "posts" de que são autores...
Caro João de Castro Nunes
Pela última vez, esclareço: o seu comentário foi apagado pelo autor do "post" em questão e não pela Direcção da NOVA ÁGUIA.
Julgo que Pessoa neste aspecto e na senda de Oliveira Martins e do seu ‘Portugal Contemporâneo’ se deixou arrastar pelos novos ventos que sopravam, vivificando esse sentimento profundamente enraizado na tradição nacional, mas noutros, a visão de Pesssoa afastasse para se aproximar de Sampaio Bruno que, considera doentio todo o que delega nas mãos de um qualquer predestinado (um Messias?) a libertação do homem. O Sebastianismo era como um motor de salvação independentemente de qualquer personalização.
Caro JCN, se viveram na mesma metade não o posso colocar noutra, mas não conclua que não reconheço a estatura invulgar de TP. Aliás, sobre esse tipo de comparações, aconselho a leitura do ‘Jogo do Mundo’ do Paulo Borges (Ensaios sobre Teixeira de Pascoaes e Fernando Pessoa) e, já agora, também o ‘Via Aberta’ do Renato Epifânio (De Marinho a Pessoa, da Finisterra ao Oriente).
A obra de Fernando Pessoa, embora para alguns (o seu caso?) possa parecer ocasional e caprichosa, é exigentemente racional. A esse propósito dizia João Gaspar Simões; ‘se por um lado, a obra é explicada pela vida, pelo outro, a vida é explicada pela obra, tão intima era em Fernando Pessoa a conexão entre obra e homem que a obra metamorfoseava e a obra que ao homem devolvia, mentalizada, a vida que era, no fim de contas, criação de segunda ordem de uma inteligência omnipotente.’ O próprio JGS termina o prefácio do ‘Vida e Obra de Fernando Pessoa’, com estas palavras: ‘ este pobre livro, evocação saudosa do mais nobre, do mais puro e do mais alto espírito que as letras portuguesas conheceram nesta primeira metade do século XX’.
O que eu percebo:
"Rei Nacional", uma espécie de chefe de estado de mitologia.
"Desejado", mito de que havia de voltar.
"Encoberto", com nevoeiro tem mais fantasia, é mais fábula.
"o iniciado de Patmos chamou «um céu novo e uma terra nova.»" Este é quem?
Sim, eu apaguei os comentários desse senhor João, e como disse, apagarei todos. A paciência para a má educação e as obsessões tem limites.
E em religiões não me meto mas não me admira que haja em todas uma parte falsa e outra verdadeira, qual é qual é que ninguém parece saber.
"o iniciado de Patmos chamou «um céu novo e uma terra nova.»" Este é quem?
Não serei a pessoa indicada para lhe responder, mas creio ser João (o Revelador (Apocalipse 1:9.)) Revelador porque teve a visão do Apocalipse e Patmos, porque foi nesta ilha do Mediterrâneo para onde tinha sido banido que a teve.
Se estiver errado, agradeço ser também elucidado, mas creio que é a João que Pessoa se refere.
Caro JCN, se é vigário no assunto escusava ter perguntado. O máximo que lhe posso conceder, por o entender assim, é que Pascoais era o único à altura da envergadura intelectual de Pessoa, mas atrás deste, não à frente nem ao lado.
Obrigada.
Caro JCN, se considera que a minha resposta não foi concludente, e foi, não tenho outra para lhe dar, escusa, pois, de se repetir e muito menos recorrendo ao expediente do trocadilho.
Faça isso. Faça um post por cada comentário que lhe apago, e largue as suas nos seus posts.
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