1. Considerar a Pátria Portuguesa como a coisa para nós mais existente, e o Estado Português como não existente.
2. Considerar que a Pátria Portuguesa existe toda ela dentro de cada indivíduo português.
Fazer portanto tudo para si mesmo como português, desenvolver-se a si mesmo no sentido português.
3. Considerar que a Pátria Portuguesa, como qualquer pátria, é apenas um meio de criar uma civilização. Fazer tudo, portanto, portanto para criar uma Pátria Portuguesa criadora de civilização.
4. Considerar que o conceito de Pátria é um conceito puramente místico, e que, portanto,
(1) nenhum elemento de interesse deve entrar nele
(2) nenhum outro conceito místico deve coexistir com ele, a não ser que ele domine esse conceito e o integre em si.
Impossível, portanto:
(1) [...]
(2) ser bom católico, ou bom budista, ou bom qualquer coisa estranha se se é português, a não ser que se queira criar um catolicismo português ou um budismo português ou o que seja português.
s.d.
Sobre Portugal - Introdução ao Problema Nacional. Fernando Pessoa (Recolha de textos de Maria Isabel Rocheta e Maria Paula Morão. Introdução organizada por Joel Serrão.) Lisboa: Ática, 1979, pag 21.
6 comentários:
Este texto de Pessoa levava uma negativa muito baixa em qualquer disciplina de Ontologia ou de Ética.
Este é o "falso" Pessoa...
Não, este é o Pessoa idiota.
Olha a Lili Caneças.
Conta lá às pessoas como foste violada por um extraterrestre do Planeta Agostini que bateu à tua porta. Assim ficamos a saber porque te tornaste tão culta...
Olha faz lá mais um post daquele senhor inglês e em inglês, por favor.
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