A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sábado, 13 de junho de 2009

CIDADE PERDIDA

Na distante cidade inacabada onde gastei meus últimos raios de luz com os quais poderia terminar a demarcação do terreno e fincada no chão a minha cruz,
Foi onde dei inicio, mas não terminei a cidade, mesmo que se trate de uma obra com principio, meio e fim e que deveras será útil, e de elevada finalidade.
A cidade que mal edifiquei e ficou sem luz logo no começo, assim mesmo tem ela já o inicio, e, por isso, ao contrário de antes, já tem hoje real endereço.
Apesar de fracas as suas fundações, porque fossem os materiais modestos, dotei-a das mais modernas instalações e com propósitos muito honestos.
Nunca pensei, apesar de refinado sonhador fazê-la de sonho, pois que o sonhar virou pesadelo; nem quero nenhum convidado levando aí um susto medonho,
Que não quero minha cidade a cidade do sonho, do espanto, embora nela colocasse algum mistério e segredo: mesmo não a tendo acabado e não sendo um encanto,
É a minha inacabada cidade feita de tempo, sem luxo, mas com certo enlevo. E só quero para quem nela entrar muita paz, e que jamais aí sinta medo.
É a minha cidade a cidade inacabada, é a minha cidade destinada à paz: apesar de não estar terminada, grande homenagem à vida compraz e traz coroada...
E é com pouco, que o muito não há, mas é, contudo, o que a vida nos dá; e apesar de miúda, apesar e, sobretudo não há quem à vida aí não desfrute e à vida não vá aí consagrar.
A minha cidade é caiada de branco, cortada por um rio e muitos regatos; mas ainda nela não se instalou nenhum banco, nem financeira que explore o trabalho;
Apesar de pequena tem grande floresta e muito rica fauna; e ao homem triste que por ali passa um sorriso lhe presta, aos feridos socorre e, aos tristes, consola.
A minha cidade: é a minha cidade! A minha cidade não é uma cidade; apesar de inacabada tem já certo tempo! Ah, se dela me afasto, quanto infausto e dano!
E quanta perda de tempo, pois é este o meu pessoal projeto que herdei do Eterno e hoje externamente da pátria a extensão, onde assisto chorando perder-se em mentiras e desmando!

3 comentários:

João de Castro Nunes disse...

Embora inacabada, como a tudo contece na vida, se lá me der um lugar, eu vou mudar-me com armas e bagagens para a sua cidade... de sonho, abandonando esta "ditosa pátria minha amada", roída e corroída pelo desencanto. Aceita-me"?...

João de Castro Nunes disse...

UM SONHO... POR HAVER

Quem um dia pintar o meu brasão
à moda antiga, em pergaminho velho,
que ponha bem ao centro um galeão
com uma cruz pintada de vermelho!

Mandarei imprimi-lo na portada
de todos os poemas que escrever
e há-de figurar também na entrada
da casa que mais tarde hei-de fazer|

Ao gosto português, de pedra e cal,
à beira-mar a penso construir
para o resto da vida lá passar!

Ali ao menos poderei gritar
aos quatro ventos, para o mundo ouvir
o Poeta maior... de Portugal!

JOÃO DE CASTRO NUNES

julio disse...

Certamente! E será recebido com honras.
Pena hoje e amanhã o tempo se encurte.
Falaremos depois.
Parto rumo a Palmas.