A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 17 de maio de 2009

Um Homem, Um Povo

Este livro consiste de uma extensa entrevista levada a cabo por Marta Harnecker, socióloga e marxista chilena, a Hugo Chávez, o revolucionário e mediático presidente da República Bolivariana da Venezuela. O valor deste livro recai muito sobre o esforço da entrevistadora que em vez de repetir as perguntas habituais teve o cuidado de pesquisar todas as entrevistas já publicadas bem como obras biográficas de Chávez de modo a complementar a informação já existente e a inovar nas questões colocadas.

O resultado é este livro de leitura fácil editado pela editora portuense Campo das Letras, 224 páginas que se devoram quase de um só fôlego e que nos saciam a curiosidade relevante ao processo revolucionário em curso na Venezuela.

O que mais me impressionou nesta obra, além do cuidado documental da entrevistadora, foi o à vontade de Hugo Chávez em falar de temáticas incómodas, de apostas perdidas, de políticas que falharam, página sim página não são constantes as menções a erros do seu próprio governo, decisões erradas suas, coisas que ainda faltam fazer, outras que foram mal efectuadas, enfim, tudo aquilo que os políticos ocidentais se esforçam por ocultar, esquecer e fazer desaparecer dos seus currículos o mandatário bolivariano partilha descomplexadamente assumindo os seus erros e tentando, sempre, melhorar e evoluir.

E se os erros foram muitos, a verdade é que os sucessos também têm sido de saudar. Aqui está um livro para todos aqueles, curiosos, que desejem desvendar os altos e baixos da construção da “democracia participativa” que se encontra a decorrer na Venezuela, a primeira revolução efectuada nas urnas e na qual o exército e os militares não sucumbiram ao cliché sul-americano do golpe de Estado e da ditadura militar

14 de Maio de 2009
Fazendo - jornal comunitário

4 comentários:

Renato Epifânio disse...

Sem contestar alguns "sucessos" do regime do Chávez, que reconheço, ainda que me pareçam demasiado dependentes dos lucros de petróleo (mas, existindo lucros, é bom que eles beneficiem as camadas mais pobres; a questão é quando esses lucros baixarem, como já está a acontecer...), acho "curiosa" a admiração, ainda que por vezes envergonhada, de alguma da nossa esquerda bem-pensante europeia relativamente a Chávez, que a mim me faz lembrar o Mussolini. É, de longe, a meu ver, o líder político actual que mais se parece com ele...

Flávio Gonçalves disse...

Infelizmente também creio que o modelo revolucionário adoptado só funciona graças aos lucros.

Para o resto, uma consulta breve do http://aslinhasdechavez.blogspot.com e nota-se que, fosse o Chávez europeu, lhe chamariam outros nomes...

Sobre o apoio do PCP sugiro o livro de José Neves, pela Tinta da China, sobre o nacionalismo comunista português, "Comunismo e Nacionalismo em Portugal".

Até as bases que apoiam Chávez recordam as bases que apoiavam o dito italiano (marxistas e comunistas desiludidos, socialistas diversos, anarquistas e libertários quanto baste...) e com a recente criação dos Batalhões Socialistas, com farda e tudo, bom... o que vale é talvez a camisa não ser negra nem castanha.

Após a II Guerra Mundial muito se ocultou, e algumas coisas tão engraçadas como uma citação de Lenine: "É o único homem capaz de lavar a cabo a revolução em Itália".

Referia-se ao director dos jornais socialistas italianos "Avante!" (sim, a Internacional não era muita imaginativa neste campo) e "Luta de Classes"... o Benito Mussolini, o serafim do comunismo italiano que descambou em... bom, naquilo que vem nos livros de História.

E nem mencionemos que o Errico Malatesta foi um dos redactores da Constituição da República de Fiume... a Feira do Livro Anarquista está aí à porta e ainda me apedrejam se me arrasto sobre as origens ocultadas dos fascismos europeus.

Flávio Gonçalves disse...

Temos ainda o pensamento da esquerda pós II Guerra: apoiar o oposto de tudo o que a "extrema-direita" apoie, pois bem:

A extrema-direita e os neo-fascistas odeiam Chávez, logo a esquerda gosta dele.

É um pensamento simplista, mas é deprimente o quanto tem de verdade em muitas esferas da vida.

José Pires F. disse...

Mesmo não sabendo se foram hesitantes, agradeço as aspas que definem ‘democracia participativa’.